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    Para BC, inflação não mostra mais resistência, mas deve demorar a cair

    EDUARDO CUCOLO
    DE BRASÍLIA

    11/09/2014 12h32

    Apesar de a inflação estar acima do limite de 6,5% fixado pelo governo, o Banco Central avalia que o índice de preços não mostra mais resistência. A informação faz parte da ata do Copom divulgada nesta quinta-feira (11).

    A palavra "resistência" era citada pelo comitê desde janeiro do ano passado. Na ata anterior, de julho, por exemplo, a expressão que revelava um grau maior de preocupação com os preços aparecia duas vezes no texto.

    A instituição reafirmou que não vai mexer na taxa básica de juros e diz agora que, mantidos a taxa básica em 11% ao ano e o dólar em R$ 2,25, a inflação entrará "em trajetória de convergência" para 4,5% nos trimestres iniciais de 2016.

    Para 2014, a projeção para a inflação diminuiu em relação ao valor considerado na reunião anterior, mas permanece acima de 4,5%. Para 2015, as projeções não mudaram e também estão acima da meta.

    CONTA DE LUZ

    O BC também alterou a previsão de reajuste de energia este ano de 14% para 16,8%. A instituição diz ainda no documento que tarifas e preços controlados continuarão a subir acima de 4,5% até, pelo menos, 2016. Somente para 2014, a alta esperada é de 6%.

    Luciano Rostagno, estrategista chefe do Banco Mizuho do Brasil, afirmou que ainda é necessária uma política fiscal mais "apertada" no próximo ano e reformas econômicas para que a inflação recue em direção à meta. "Caso contrário, as taxas de juros terão de subir novamente", afirmou.

    O analista destaca ainda o trecho em que o BC afirma que as taxas de crescimento da absorção interna e do PIB se alinharam, o que vai ajudar a economia na transição para uma mistura mais saudável entre consumo e investimento, em que este último ganharia participação no crescimento econômico.

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