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    Dilma chama grandes empresas a SP para anunciar medidas de estímulo

    VALDO CRUZ
    DE BRASÍLIA

    13/09/2014 02h00

    Enquanto a campanha petista sataniza empresários para atacar Marina Silva (PSB), a equipe econômica da presidente Dilma Rousseff tenta fazer um caminho oposto.

    Agendou para esta segunda-feira (15) reunião com executivos de 20 grandes empresas brasileiras com atuação no exterior para discutir e anunciar medidas.

    Entre as propostas em debate, e que podem ser anunciadas, está a redução do Imposto de Renda cobrado sobre o lucro no exterior destas multinacionais brasileiras.

    Em pauta, também, alterações na cobrança do PIS/Cofins, que seriam feitas no próximo ano, como a simplificação dos dois tributos.

    A reunião, que será realizada no escritório da CNI (Confederação Nacional da Indústria) em São Paulo, faz parte da estratégia da equipe econômica de se aproximar do empresariado e melhorar a confiança do setor privado nos rumos da economia.

    PARTICIPANTES

    Pelo setor privado, vão participar os presidentes da CNI, Robson Andrade, e o da Fiesp (Federação das Indústrias de São Paulo), Benjamin Steinbruch, além de executivos de empresas como Odebrecht, Embraer, Vale, Marcopolo, Gerdau, Brasken, Votorantin, CSN, Iochpe e WEG.

    A reunião será comandada pelo ministro Guido Mantega (Fazenda), que busca mostrar que segue trabalhando normalmente depois de a presidente Dilma afirmar que ele não fará parte de um eventual segundo mandato.

    Durante a reunião, o empresariado espera que sejam discutidas ainda ações para compensar a perda de competitividade da indústria brasileira provocada pela taxa de câmbio num patamar que não é considerado ideal.

    A atuação do BC até o mês passado estava mantendo o valor do dólar abaixo de R$ 2,30. Agora, com sinais de mudança na política monetária americana, a cotação subiu, o que agrada a indústria.

    CALENDÁRIO

    A reunião segue um calendário montado pela Fazenda de reuniões com o empresariado para anunciar bondades para o setor privado.

    Nesta semana, Mantega anunciou duas medidas para o setor. Primeiro, que o programa de estímulo às exportações, o Reintegra, terá alíquota de 3% no próximo ano, como defendiam os empresários exportadores.

    Pelo Reintegra, exportadores recebem de volta um percentual dos produtos manufaturados que vendem ao exterior, na forma de créditos tributários. Neste ano, será de 0,3%. Em 2015, 3%.

    Além disso, o ministro decidiu também incluir no programa de estímulo às exportações os setores sucroalcooleiro e de celulose, como antecipou a Folha.

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