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    BC dos EUA aponta que manterá juros baixos e reduz previsão para economia

    DE SÃO PAULO

    17/09/2014 16h26

    O Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos, manteve sua política de estímulo à economia americana nesta quarta-feira (17), indicando que não tem pressa de elevar sua taxa de juros.

    Em comunicado divulgado pelo comitê de política monetária, o Fomc, a instituição afirmou que a economia do país continua a apresentar evolução, mas que o estímulo do banco central ainda é necessário devido às dificuldades persistentes no mercado de trabalho.

    A instituição seguiu, portanto, na intenção de manter a taxa entre zero e 0,25% e preservou no texto a expressão "tempo considerável", termo presente em seu último relatório em referência ao destino da taxa básica de juros após o encerramento do programa de compra de ativos, previsto para outubro.

    A aguardada menção, que gerou especulações na últimas semanas, vai de encontro às expectativas do mercado de que o Fed permaneceria em um posicionamento menos agressivo.

    O comunicado também aponta que a autoridade vai continuar sua campanha de desembarque da política de aquisição de ativos, reduzindo US$ 10 bilhões e mantendo apenas US$ 15 bilhões em compras de títulos no mês que vem.

    CRESCIMENTO

    Em outra publicação, também nesta quarta-feira, as autoridades do Fed reduziram suas estimativas de crescimento da economia para 2015, que passam para um intervalo entre 2,6% e 3% ante um avanço estimado em junho entre 3% e 3,2%.

    O ritmo anualizado de crescimento de 4% registrado pela economia no segundo trimestre levara alguns economistas a defender que o Fed elevasse os juros mais cedo.

    Nos últimos meses, a presidente do Fed, Janet Yellen, indicava que as taxas de juros poderiam ser elevadas antes do esperado, em caso de melhora nos indicadores do mercado de trabalho e da inflação, rumo à meta de longo prazo de 2% ao ano.

    No comunicado atual, o banco central americano afirma que a economia ainda mantém uma "subutilização significativa da força de trabalho".

    "O comitê vai acompanhar de perto os desdobramentos econômicos nos próximos meses e manterá suas compras de títulos, além de usar outras ferramentas conforme considerar necessário, até o desenvolvimento substancial do mercado de trabalho em um contexto de estabilidade de preços", informa a instituição.

    Caso as expectativas prevaleçam, reitera o Fomc, o comitê vai encerrar seu programa de compra de ativos na próxima reunião, no fim de outubro.

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