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    Google é 'plataforma de pirataria' e deve ter acordo revisto, diz NewsCorp

    DA REUTERS

    19/09/2014 10h01

    O presidente-executivo da News Corp, Robert Thomson, instou reguladores europeus a reconsiderarem o acordo com o Google sobre suas práticas de busca, chamando a companhia de Internet de um agregador "odioso" e uma "plataforma de pirataria".

    Em carta enviada na semana passada ao comissário europeu para a competição, Joaquín Almunia, Thomson disse que o Google está "disposto a abusar de sua posição dominante no mercado para sufocar a concorrência", e que a visão dos fundadores da companhia havia sido substituída por uma "administração cínica". A News Corp divulgou o comunicado a respeito da carta na terça-feira (19).

    O Google tem sido alvo de investigação da Comissão Europeia desde novembro de 2010, quando mais de uma dúzia de queixosos, incluindo a Microsoft, acusaram a companhia de promover seus próprios serviços às custas de outras.

    Chris Helgren - 5.set.2013/Reuters
    NewsCorp acusa Google de ser uma "plataforma de pirataria" e de sufocar concorrentes
    NewsCorp acusa Google de ser uma "plataforma de pirataria" e de sufocar concorrentes

    O acordo, que pode permitir que o Google evite uma multa de até US$ 5 bilhões, exige que o maior motor de busca da Internet mostre os links de rivais com maior destaque. O Google chegou a este acordo com o chefe antitruste em fevereiro, mas pode precisar oferecer concessões adicionais aos concorrentes.

    "Sua decisão de reconsiderar a oferta de acordo do Google chega em um momento crucial na história do fluxo livre de informações e de uma mídia saudável na Europa e outros lugares", escreveu Thomson.

    A News Corp tem participações em negócios na Europa, incluindo no "The Times", "The Sun" e "The Wall Street Journal Europe", em uma rede de agências de notícias de negócios, e no negócio editorial HarperCollins.

    O Google não pôde ser encontrado de imediato para comentar.

    PRESSÕES

    O Google tem sofrido pressões na Europa para revelar o código utilizado para buscas on-line, que permitiu à companhia obter o monopólio do segmento na Europa.

    Em entrevista ao "Financial Times", o ministro da Justiça da Alemanha, Heiko Maas, afirmou que a companhia precisa se tornar mais transparente em relação à fórmula.

    A demanda das autoridades europeias foi criticada por Robert Kimmitt, antigo embaixador dos Estados Unidos na Alemanha. Para Kimmitt, os países europeus "deveriam se preocupar com os apelos pela apropriação de propriedade intelectual" em vez de se engajarem na discussão sobre o código do Google.

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