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    Consumidor da Grande SP tem mais dívida imobiliária que média nacional

    EDUARDO CUCOLO
    DE BRASÍLIA

    22/09/2014 02h00

    Os consumidores da Grande São Paulo têm um percentual maior de dívidas imobiliárias e no cartão de crédito do que a média nacional.

    É o que mostra levantamento inédito do Banco Central sobre o crédito à pessoa física em diversas regiões do país, que passa a ser divulgado a partir deste mês.

    O crédito com desconto em folha, usado principalmente por aposentados e funcionários públicos, por outro lado, tem participação menor nos financiamentos da região do que no resto do país.

    O financiamento habitacional responde por 40% das operações na Grande São Paulo, acima da média nacional (29%). Essa linha se destaca, principalmente, nas zonas oeste e sul da capital e nas cidades do ABC paulista, nas quais tem participação acima da média.

    As dívidas no cartão de crédito e no consignado correspondem, cada uma, a 14% do estoque total de financiamentos. No primeiro caso, o percentual está acima da média nacional (10%). No segundo, abaixo do verificado no restante do país (18%).

    A região, que reúne 10% da população nacional, segundo o IBGE, responde por 14% do crédito para pessoa física no país e pela metade dos financiamentos no Estado de São Paulo.

    O valor médio da dívida da população da região é de R$ 8.574, quantia que está 32% acima da média nacional.

    Editoria de arte/Folhapress

    ATRASO

    O percentual de dívidas com prestações atrasadas há mais de 15 dias é o mesmo da média nacional, 3% das operações, o que representa
    R$ 256,62 por pessoa.

    "São Paulo tem essa característica, é um cliente com uma renda maior e mais capacidade para tomada de crédito", diz Adilson da Costa Cruvinel, gerente executivo da Diretoria de Distribuição do Banco do Brasil no Estado, se referindo à capital.

    O banco tem uma rede de agências Estilo, de atendimento especial a clientes de renda mais alta, maior na capital, que concentra cerca de 50% das unidades no Estado.

    O levantamento do Banco Central tem como base dados de junho fornecidos pelas instituições financeiras.

    Abrange operações de clientes com dívidas acima de R$ 1.000, divididas por sub-região (conjunto de bairros e/ou cidades que compartilham os dois primeiros dígitos do CEP).

    Apesar de o consignado ter participação menor no estoque de crédito da região do que no restante do país, essa linha fica acima da média da Grande São Paulo (15%) nas cidades entre o norte e o leste da capital (cerca de 20%), como Franco da Rocha, Guarulhos e Mogi das Cruzes.

    VEÍCULOS

    Já os financiamentos de veículos se destacam em praticamente todas as cidades ao redor da capital paulista, no qual representam cerca de 20% do crédito.

    A exceção são os municípios do ABC paulista, que ficam na média do restante da região (15%).

    Folhainvest

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