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    Empresário encontra investidor pela internet

    FILIPE OLIVEIRA
    DE SÃO PAULO

    22/09/2014 02h00

    Estão surgindo várias ferramentas virtuais que permitem a conexão entre quem começa um novo negócio e potenciais investidores.

    Os tipos de plataformas usados são variados: de modelos próximos aos de redes sociais até ferramentas que, além da comunicação, permitem a transferência do dinheiro on-line em troca de uma comissão.

    Nesta última categoria aparecem novos modelos de investimento, como o equity crowdfunding, uma espécie de vaquinha em que vários investidores compram pequenas partes da empresa, ou o sindicate, em que o investimento coletivo é liderado por um investidor experiente.

    Antonio Botelho, presidente do conselho diretor da Gávea Angels (grupo que reúne investidores individuais do Rio de Janeiro), diz acreditar que essas plataformas tem um papel positivo, ao democratizar a possibilidade de investir e receber investimentos pequenos e mesmo estando distante dos grandes centros.

    Por outro lado, segundo Botelho, esse tipo de investimento não oferece ao empreendedor o mesmo tipo de troca de experiência e contato com seus investidores que uma relação pessoal possibilita.

    "Muitas vezes, o empreendedor precisa mais do capital intelectual e de mentoria do que do capital financeiro que essas plataformas conseguem trazer."

    Eduardo Knapp/Folhapress
    Fabio Silva, 32, que desenvolve o site Start me Up, voltada para o investimento on-line
    Fabio Silva, 32, que desenvolve o site Start me Up, voltada para o investimento on-line

    REDE SOCIAL

    A ABStartups (Associação Brasileira de Startups) foi uma das primeiras a ter uma ferramenta do gênero, a Startup Base.

    Criada há quatro anos, ela funciona como um banco de dados atualizado de investidores e start-ups (empresas iniciantes de base tecnológica) e deve ser reformulada em novembro para ficar mais parecida com uma rede social.

    Guilherme Junqueira, diretor-executivo da associação, diz que as transações feitas pela internet são uma minoria. Ele diz acreditar que elas devem se tornar mais frequentes com o tempo, conforme os empreendedores e investidores brasileiros forem se acostumando com o modelo.

    A empresa Descomplica, de aulas preparatórias para vestibular pela internet, foi uma das que conseguiram recursos de investidores a partir de uma ferramenta na internet, o norte-americano AngelList.

    Marco Fisbhen, 35, fundador da empresa, conta que os recursos vieram para complementar uma captação de US$ 5 milhões que a empresa fez, incluindo investidores fora da internet (ele não revela quanto foi captado on-line). O investimento foi feito na modalidade sindicate e foi liderado pelo investidor Lee Jacobs.

    Fisbhen diz que esse tipo de captação ainda não é simples para qualquer companhia: "Já tínhamos um relacionamento com Jacobs, que nos indicou a plataforma para trazermos mais investidores com ele. Não dá para se ter a ilusão de que se vai colocar a empresa no site e virão milhões de pessoas
    investir em você."

    Entre as novas empresas que estão surgindo para fomentar o investimento on-line, estão a Start me Up, de que pretende iniciar suas captações daqui a três meses, e a Broota -sua primeira captação foi de R$ 200 mil, de 28 investidores, em junho deste ano, para financiar sua própria operação.

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