A Topshop, rede "fast fashion" britânica que ingressou no Brasil em 2012 com filas de espera na porta de sua primeira unidade no shopping JK Iguatemi, em São Paulo, agora preocupa consumidoras com ameaças de fechar.

Segunda-feira (22), outra unidade da marca, no shopping Iguatemi da av. Brigadeiro Faria Lima, em SP, amanheceu com portas fechadas.

A baixa é resultado de um "ajuste", segundo Alexandre Dominguez, diretor da Topshop no Brasil, que diz que a meta agora é abrir outra unidade para substituí-la no mesmo shopping no primeiro trimestre do ano que vem.

A loja fechada tinha cerca de 800 metros quadrados. Sua "substituta" terá cerca de 300 metros, segundo ele.

	Rogerio Canella - 3.jul.12/Folhapress
	Entrada da loja Topshop do Shopping JK Iguatemi, em SP

"Fizemos uma reavaliação do tamanho da loja para aumentar a rentabilidade por metro quadrado. É um ajuste normal, de quem está aprendendo com o mercado. Vamos atingir as mesmas vendas em espaço menor", diz, reconhecendo que 2014 não tem sido um ano fácil para o varejo em geral, com um segundo semestre "desafiador".

Apesar das explicações do executivo, a decisão vem em um momento de dificuldade.

Constam contra sua empresa, a SAR Comércio de Vestuário e Acessórios, no Tribunal de Justiça de São Paulo, cobranças de aluguéis dos shoppings onde a marca está instalada, ação de despejo por falta de pagamento e execuções fiscais.

Dominguez não comenta sobre o valor alcançado pelas dívidas, estimadas em mais de R$ 1 milhão.

"Essa dívida já foi equacionada. Já foi resolvida", diz.

Além das outras unidades que já existem no país (nos shoppings JK Iguatemi, Market Place e Iguatemi Ribeirão Preto), e que não serão fechadas, segundo ele, a marca segue com seu plano de expansão: até o final de 2015, a meta é ter seis lojas no país.

A próxima será no shopping Patio Batel, em Curitiba.

"A loja de Curitiba já tem contrato fechado. Será aberta antes do fim do ano", diz.