Com estações de metrô e trem, fácil acesso às marginais Pinheiros e Tietê e próxima ao centro da cidade, a Barra Funda é outro bairro estratégico na zona oeste da cidade de São Paulo. A seu favor ainda pesa o preço mais baixo do metro quadrado em relação a vizinhos cobiçados.
Segundo estudo da empresa Geoimovel, a Barra Funda tem preço médio de metro quadrado de R$ 10.124, contra, R$ 14.443 e R$ 11.808 em Pinheiros e Perdizes, respectivamente.
Alvo de lançamentos imobiliários nos últimos anos, é o quarto bairro com o maior volume de estoque na zona oeste –157 unidades, considerando os empreendimentos residenciais verticais lançados entre janeiro de 2010 a julho de 2014.
E a perspectiva é que a Barra Funda continue na mira do mercado imobiliário e em fase de valorização.
"Em processo de verticalização, a Barra Funda ainda é um bairro com preço acessível e tem muita oferta", diz Felipe Coelho, superintendente comercial da You, Inc Incorporadora.
Para ele, apesar de o bairro ter um perfil mais industrial, com galpões e antigas fábricas, a tendência é que o bairro adquira características mais agradáveis para morar.
A proximidade com bairros equipados, com bons shoppings centers, por exemplo, resolve questões práticas.
DESENVOLVIMENTO
A operação urbana Água Branca, que passa por revisão, também traz novas perspectivas para o bairro.
"A Barra Funda está recebendo um projeto específico da prefeitura da cidade. E essas operações são indutoras de crescimento, acabam atraindo mais empresas e serviços", diz João da Rocha Lima Jr., professor de mercado imobiliário da Escola Politécnica da USP.
As regiões que recebem operações urbanas da Prefeitura de São Paulo são favorecidas por leis que preveem flexibilidade dos limites da Lei de Zoneamento, facilitando a vinda de investimentos privados e de empreendimentos que estimulem o desenvolvimento local.
| Victor Moriyama/Folhapress | ||
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| Barra Funda deve continuar no foco e receber novos empreendimentos |
Esse movimento, segundo especialistas, atrai mais pessoas que passaram a trabalhar na região e moravam, até então, em outras zonas da cidade –como na zona norte.
Atendendo a esse público, os lançamentos na Barra Funda já têm configuração "mais compacta", com no máximo dois quartos, destinados a solteiros, jovens casais e famílias menores.
"Lançamos recentemente um empreendimento na Barra Funda que tinha a opção de 41 m² e 64 m² e o que teve mais velocidade de venda foi o menor", diz Fábio Sousa, diretor comercial da construtora Esser.
Outro empreendimento que se destaca na região, é o Jardim das Perdizes, das construtoras Tecnisa e PDG, que ocupa um terreno de 250 mil metros quadrados na divisa da Barra Funda com Água Branca e Perdizes.
O projeto funciona como um bairro planejado, com torres corporativas, escritórios, hotel e apartamentos. Ainda há unidades residenciais à venda e produtos com metragens variadas, de 80 m² a 285 m². (DF)
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