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    São Paulo estuda reabrir em janeiro hidrovia usada para transporte de soja

    DA REUTERS

    26/09/2014 18h36

    O Brasil pretende reabrir em janeiro uma hidrovia importante para o transporte de soja e outras matérias-primas, que está muito rasa para navegação desde o final de maio, afirmou o governo do Estado de São Paulo nesta sexta-feira (26).

    Para reduzir o impacto da pior seca no Sudeste do país nas últimas décadas, o governo pretende diminuir a quantidade de água utilizada por três usinas hidrelétricas ao longo da hidrovia Tietê-Paraná, de acordo com um comunicado do Departamento de Transportes do Estado de São Paulo.

    Os agricultores pediram ao governo para reduzir a geração de eletricidade ao longo do Tietê e aumentá-la em regiões que receberam mais chuvas.

    Exportadores de produtos agrícolas, incluindo a Cargill, disseram em junho que tiveram que contratar caminhões para transportar as suas mercadorias pelo trajeto total até o principal terminal de exportação de soja do Brasil, o Porto de Santos.

    Yago Monteiro - 19.fev.2014/Folhapress
    Nível da hidrovia Tietê-Paraná está abaixo do normal, impedindo o transporte de cargas
    Nível da hidrovia Tietê-Paraná está abaixo do normal, impedindo o transporte de cargas

    Isso elevou os custos de transporte entre 10% e 12% para aqueles que normalmente utilizavam a hidrovia, e os agricultores receberam menos pela soja, como resultado, de acordo com a Aprosoja (Associação dos Produtores de Soja).

    O plano divulgado na sexta-feira foi aprovado pelo ONS (Operador Nacional do Sistema).

    RESERVATÓRIOS

    A seca de dezembro a fevereiro danificou as lavouras do Sudeste e estimulou preocupações de racionamento de energia em um país que gera a maior parte de sua eletricidade a partir de hidrelétricas.

    O ONS informou que espera chuvas a 89% do patamar histórico nos reservatórios do Sudeste, e chuvas acima da média no Sul do Brasil, em outubro.

    Os níveis dos reservatórios estiveram em 30,3% da sua capacidade máxima, em agosto, o menor nível para o mês em 15 anos, de acordo com o ONS. Desde então, caíram para 25,8%.

    O Brasil vai começar a colheita de sua safra 2014/15 de soja em janeiro, e a Abiove (Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais) previu na quinta-feira (25) exportação recorde de 48 milhões de toneladas.

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