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    Bolsa volta aos 53 mil pontos após divulgação de pesquisas eleitorais

    DE SÃO PAULO

    01/10/2014 10h37

    A Bolsa retornou ao patamar de 53 mil pontos e o dólar avança pelo terceiro dia após a divulgação de novas pesquisas que reforçam a chance de vitória da candidata Dilma Rousseff nas eleições presidenciais.

    Às 10h37, o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, caía 1,00%, a 53.575 pontos, no menor patamar desde 2 de julho deste ano. No mesmo horário, o dólar à vista, referência no mercado financeiro, subia 0,01%, a R$ 2,454, enquanto o dólar comercial, usado no comércio exterior, avançava 0,24%, também a R$ 2,455.

    Segundo Leandro Martins, analista-chefe da Walpires Corretora, a queda da Bolsa e valorização do dólar são reflexos das novas pesquisas divulgadas na noite de terça-feira (30) e que confirmam o fortalecimento de Dilma frente a seus rivais na corrida eleitoral Marina Silva (PSB) e Aécio Neves (PSDB).

    "O mercado mostrou decepção com a mudança de trajetória nas eleições. Tínhamos um cenário em que a Marina estava melhor nas pesquisas, mas, desde sexta-feira, tivemos uma reversão nesse quadro. Com esse fato novo os investidores mudaram de humor e a Bolsa, que vinha embolsando lucros, começou a corrigir", afirma.

    Na terça-feira foi divulgada a pesquisa Datafolha que mostra acirramento entre Aécio e Marina pelo segundo lugar.

    Na sondagem, a presidente Dilma Rousseff (PT) lidera isolada com 40%, enquanto a pessebista tem 25% e o tucano, 20%.

    A pesquisa Ibope traz cenário parecido. Na sondagem, Dilma aparece com 39% das intenções de voto, seguida por Marina, com 25%, e Aécio, com 19%.

    AÇÕES

    As ações de estatais e do setor bancário caem neste pregão. Esses papéis são os mais sensíveis à atual disputa eleitoral. Isso porque parte dos investidores acredita que uma vitória da oposição significaria uma diminuição na intervenção do governo na empresa. Logo, quando Dilma sobe nas pesquisas, os papeis da companhia se desvalorizam.

    Às 10h40, os papéis preferenciais da Petrobras, os mais negociados, caíam 1,93%, a R$ 17,74, enquanto os ordinários, com direito a voto, tinham perda de 2,02%, a R$ 16,90.

    No mesmo horário, as ações do Banco do Brasil tinham desvalorização de 1,93%, a R$ 24,81. As ações preferenciais da Eletrobras perdem 1,78%, a R$ 9,92, enquanto as ordinárias caem 2,43%, a R$ 6,40.

    No setor bancário, os papéis do Itaú tinham queda de 1,03%, até 33,50, e os do Bradesco caíam 1,63%, a R$ 34,27.

    Outro papel penalizado no pregão com essa situação eleitoral é o da BM&FBovespa.

    "As próprias ações da Bolsa também caem com esse cenário. Se o mercado melhora, a expectativa para a própria Bolsa é boa. Com a reversão do quadro, além de Petrobras, as ações de bancos com grande representação no mercado acompanham a queda, e as da própria Bolsa também", afirma Leandro Martins, da Walpires Corretora.

    Às 10h44, as ações da BM&FBovespa tinham baixa de 2,32%, a R$ 10,93.

    Das 69 ações que compõem o Ibovepa, 59 operam em baixa e 10 sobem.

    CÂMBIO

    O BC vendeu nesta sessão a oferta total de até 8.000 contratos de swap para rolagem dos contratos de novembro. Com isso, rolou cerca de 4,5% do lote total, equivalente a US$ 8,84 bilhões.

    Pela manhã, o BC também deu continuidade às intervenções diárias no mercado de câmbio, vendendo a oferta total de até 4.000 contratos de swap (equivalentes à venda futura de dólar), com volume correspondente a US$ 197 milhões. Foram vendidos 500 contratos para 1º de junho e 3.500 para 1º de setembro de 2015.

    Com Reuters

    Folhainvest

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