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    Bancários paralisam um terço das agências do país em 2º dia de greve

    DE SÃO PAULO

    01/10/2014 19h33

    No segundo dia de paralisação nacional dos bancários, a adesão à greve cresceu e os trabalhadores fecharam 7.673 agências em todos os Estados. O número representa um terço de todas as 22.987 unidades bancárias do país.

    Na terça-feira (30), quando a greve começou, 6.572 agências, ou 28,6% do total, não abriram as portas. Os levantamentos foram realizadas pela Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro). A Federação Brasileira de Bancos, a Febraban, não realiza um balanço diário para averiguar a extensão da greve.

    A paralisação foi fortalecida nesta quarta-feira (1º) com a adesão de funcionários de call center do Banco do Brasil, Bradesco, Santander e HSBC, além de centros administrativos do Itaú Unibanco.

    A Febraban, no entanto, afirma não ter registrado problemas nos atendimentos por telefone. A entidade diz que o serviço é em grande parte automatizado e representa apenas 4% dos 40,2 bilhões de transações realizadas em 2013.

    Em caso de problemas, a Febraban aconselha os consumidores a acessar sites e aplicativos de celular dos bancos. Caixas eletrônicos também estão à disposição dos consumidores.

    Editoria de Arte/Folhapress

    Apesar das opções, a aposentada Antonia Marques Tancredi, de 82 anos, não conseguiu sacar dinheiro porque esqueceu o cartão. Ela foi a uma agência da Caixa, no bairro da Lapa, zona oeste de São Paulo. "Estou acostumada a ir no caixa dentro da agência e com a greve não sei o que fazer", afirma.

    MANIFESTAÇÕES

    Os trabalhadores do setor bancário aproveitam a greve para realizar manifestações em dez capitais do país nesta quinta-feira (2). O protesto tem por objetivo criticar as propostas de candidatos às eleições presidenciais que propõem a independência do Banco Central.

    O movimento é organizado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), que apoia formalmente a candidatura da presidente Dilma Rousseff (PT) à reeleição.

    As manifestações ocorrem em representações do Banco Central em Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Curitiba, Porto Alegre, Fortaleza e Belém.

    IMPASSE

    Para encerrar a greve, a categoria demanda um reajuste de 12,5%, o que inclui 5,8% acima da inflação medida pelo INPC (6,35% no acumulado em 12 meses), piso salarial de R$ 2.979,25, 14º salário e outros benefícios.

    A proposta dos bancos, que foi rejeitada pelos trabalhadores, prevê correção salarial de 7,35%, com aumento real de 0,94%.

    *

    GREVE DOS BANCÁRIOS/2014
    DATA-BASE 1º de setembro
    INFLAÇÃO NO PERÍODO 6,35% (INPC, em 12 meses)
    QUANTO GANHAM Piso de R$ 1.648 (salário do caixa)
    O QUE QUEREM 12,5% (5,8% acima da inflação)
    CONTRAPROPOSTA 7,35% (0,94% real)


    Com informações do Agora SP

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