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    Desemprego nos EUA recua para 5,9%, menor taxa desde julho de 2008

    GIULIANA VALLONE
    DE NOVA YORK

    03/10/2014 10h45

    O emprego nos Estados Unidos cresceu mais do que o que previsto em setembro e a taxa de desemprego caiu de 6,1% em agosto para 5,9% no mês passado, a menor desde julho de 2008.

    De acordo com dados do Departamento do Trabalho divulgados nesta sexta-feira (3), foram criadas 248 mil vagas no mês, acima das 215 mil estimadas pelo mercado financeiro norte-americano.

    Apesar do vigor mostrado pelo mercado de trabalho, a renda média dos trabalhadores caiu US$ 0,01 centavo em setembro, para US$ 24,53 por hora. Em agosto, houve alta de US$ 0,08 (segundo dados revisados).

    Na comparação com setembro de 2013, a renda média avançou 2%.

    O dado pode ser decisivo na hora de o Fed (Federal Reserve, o Banco Central dos Estados Unidos) considerar subir a taxa básica de juros da economia norte-americana.

    Mesmo com o mercado de trabalho mais forte, a renda e a inflação continuam em alta moderada, o que pode adiar a decisão de mexer nos juros.

    Em sua última reunião, em setembro, o BC americano afirmou que pretende manter por "tempo considerável" a taxa no patamar atual, entre zero e 0,25%.

    A autoridade, no entanto, continua reduzindo seu programa de compra de ativos no mercado, outra estratégia utilizada para ajudar na recuperação da economia.

    Atualmente, os EUA gastam US$ 15 bilhões em compras de títulos. O programa deve acabar no próximo mês. O Fed se reúne novamente nos dias 28 e 29 de outubro.

    DADOS

    Os números do Departamento do Trabalho mostram ainda que parte da queda na taxa de desemprego em agosto foi causada pela saída de pessoas da força de trabalho, que desistiram de procurar emprego.

    A taxa de participação na força de trabalho caiu para 62,7% em setembro ante 62,8% em agosto. O número é o mais baixo desde 1978.

    A criação de vagas em setembro ocorreu principalmente nos setores de serviços administrativos ou técnicos, varejo e saúde.

    Os dados de agosto foram revisados e a criação de vagas no mês ficou em 180 mil, em comparação com os 142 mil divulgados anteriormente.

    O mês de agosto marcou o fim de uma sequência de seis meses em que houve criação de mais de 200 mil vagas.

    Os dados de julho também foram revisados, de 212 mil para 243 mil.

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