A Santo Antônio Energia, concessionária responsável pela usina de mesmo nome no rio Madeira (RO), comunicou na noite desta sexta-feira (3) que um dos acionistas da empresa antecipou recursos suficientes para o pagamento de R$ 266 milhões ao mercado de curto prazo.
Segundo a nota, a medida foi tomada para evitar que a empresa ficasse inadimplente na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) e corresse o risco de perder a licença de operação da usina.
Além disso, informou que uma assembleia extraordinária foi marcada para o dia 21 de outubro para definir uma injeção financeira de R$ 1,59 bilhão por parte dos sócios na companhia.
A Santo Antônio explica que, por votos contrários de alguns acionistas à dispensa das formalidades para a definição da data, a empresa foi obrigada a marcar a assembleia com 15 dias de antecedência, impedindo que a injeção fosse discutida antes da liquidação do mercado de curto prazo, que será dia 6 de outubro.
Na segunda-feira (29), Folha informou que um impasse entre dois sócios da usina, Furnas e Odebrecht, estava emperrando uma solução para os problemas financeiros da usina.
Em 25 de setembro, uma assembleia marcada para definir uma injeção de R$ 1,14 bilhão foi frustrada porque Furnas não enviou representante à reunião.
O alvo da disputa são R$ 700 milhões que Santo Antônio deve ao consórcio construtor, formado por Odebrecht e mais sete empresas.
O entendimento de Furnas é que a empreiteira é responsável pelo atraso de cinco meses em relação ao cronograma válido na Aneel e pede que Odebrecht assuma parte desse prejuízo.