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    Montadoras vão atrás de acordos de exportação

    EDUARDO SODRÉ
    EDITOR-ADJUNTO DE "VEÍCULOS"

    07/10/2014 02h00

    O aumento em vendas e produção registrado entre setembro e agosto traz um pouco de esperança em um ano ruim para o setor de veículos, mas as fabricantes não esperam uma retomada vultosa.

    Pelo contrário: as empresas se preparam para um 2015 difícil, e buscam alternativas para melhorar as exportações e as vendas internas.

    Os planos incluem a renegociação de acordos de comércio e investimentos para consolidar o crescimento das vendas no interior do país, com base em dados de um estudo apresentado pela Anfavea (associação nacional das montadoras).

    De acordo com o levantamento, as vendas de automóveis cresceram 142% entre 2007 e 2013 nos 1.252 municípios que tem até 5.000 habitantes, por exemplo. Na cidade de São Paulo, a alta ficou em 6% no mesmo período.

    "O crescimento nas capitais é baixo, e chega a ser vegetativo em São Paulo, onde há sinais de saturação. mas há um grande potencial nas cidades com até 500 mil habitantes, que, somadas, representam mais de 70% da população do país", diz Luiz Moan, presidente da Anfavea.

    Editoria de Arte/Folhapress

    ALÉM DA ARGENTINA

    Os planos de varejo para estimular ainda mais as vendas em regiões onde há menos carros ainda não foram definidos, mas a Anfavea tem avançado nos diálogos para fomentar as exportações.

    Uruguai e Equador estão entre os países estratégicos da América do Sul para a associação das montadoras, por terem maior receptividade aos automóveis brasileiros.

    No caso do Uruguai, a entidade espera aumentar a cota de veículos exportados com isenção de tributos, que hoje é de 6.500 unidades.
    acordos com a áfrica

    Mercados africanos também estão no foco, e alguns contratos já foram fechados. A Anfavea confirmou que, na última semana, o Zimbábue recebeu cerca de cem máquinas agrícolas brasileiras. O objetivo é compensar a perda com a crise na Argentina, que era o principal comprador de carros brasileiros.

    Hoje, o plano de estímulo Procreauto, que concede subsídios e juros baixos para que os argentinos adquiram carros produzidos em seu país, reduziu violentamente a exportação nacional de veículos montados. De acordo com a Anfavea, a queda chega a 38,5% no acumulado de 2014 em comparação ao período de janeiro a setembro de 2013.

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