• Mercado

    Friday, 17-May-2024 06:44:08 -03

    Presidente do BC do Japão promete estímulo prolongado

    DA REUTERS

    07/10/2014 09h54

    O presidente do banco central do Japão, Haruhiko Kuroda, destacou a resolução de manter o forte estímulo à economia por um período prolongado, mas descartou a necessidade de ampliá-lo em breve. Kuroda manteve-se otimista sobre o cenário, apesar de sinais indicarem uma leve recessão no país.

    O presidente do BC também manteve sua avaliação de que o iene fraco é positivo para a economia do Japão. Mas mudou ligeiramente seu tom ao aceitar as preocupações da comunidade empresarial de que mais desvalorizações da moeda vão afetar as pequenas empresas e famílias ao elevarem os custos de importação.

    Yuya Shino/Reuters
    Presidente do banco central japonês, Haruhiko Kuroda, na sede da instituição em Tóquio
    Presidente do banco central japonês, Haruhiko Kuroda, na sede da instituição em Tóquio

    "Se as movimentações cambiais refletirem fundamentos econômicos e financeiros, elas devem ser positivas, não negativas, para a economia, Mas os próprios fundamentos flutuam, então é importante levar isso em consideração", disse ele nesta terça-feira (7).

    Como previsto, o BC japonês decidiu por unanimidade manter sua promessa de elevar a base monetária, ou dinheiro e depósitos na autoridade monetária, ao ritmo anual de 60 a 70 trilhões de ienes (US$ 547 bilhões a US$ 638 bilhões) através de compras de títulos do governo e a ativos de risco.

    IMPOSTO

    O BC manteve sua avaliação de que a terceira maior economia do mundo continua se recuperando moderadamente como tendência. Mas ofereceu uma visão mais negativa sobre a produção industrial, dizendo que ela estava "enfraquecendo".

    A queda na demanda após o aumento do imposto sobre vendas em abril deixou os produtos de automóveis e eletrônico com excesso de estoques.

    Kuroda admitiu que o aumento do imposto e o clima desfavorável no verão pesou sobre o consumo por mais tempo que o esperado. No entanto, destacou que após um período de fraqueza, o crescimento vai acelerar o suficiente para elevar a inflação na direção da meta do BC.

    O BC tem mantido a política monetária desde que lançou o forte estímulo em abril do ano passado, quando prometeu dobrar a base monetária através de agressivas compras de ativos para alcançar sua meta de inflação de 2 por cento em cerca de dois anos.

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024