• Mercado

    Friday, 17-May-2024 00:51:51 -03

    Governo diz que vai cumprir meta de inflação, mesmo com alta dos preços

    SOFIA FERNANDES
    DE BRASÍLIA

    08/10/2014 13h37

    O governo brasileiro mantém a sua previsão de inflação para o ano em 6,2%, apesar de em setembro a alta dos preços ter superado a expectativa dos economistas.

    Para o secretário de Política Econômica, Márcio Holland, setembro é um mês marcado por uma inflação mais pressionada, o que foi agravado pela seca - responsável pela alta nos preços de alimentos e da energia elétrica.

    O IPCA, índice oficial de inflação do país, acelerou pelo segundo mês seguido e ficou em 0,57% em setembro. O indicador havia sido de 0,25% em agosto. A inflação chegou a 6,75% em 12 meses, a maior desde outubro de 2011.

    Editoria de Arte/Folhapress

    PREVISÃO

    Segundo Holland, a expectativa do governo é que nos próximos três meses a inflação seja menor do que no ano passado. Assim, haveria condições de o índice se enquadrar na meta estipulada pelo governo, que é de 4,5%, mas com tolerância de dois pontos para mais ou para menos.

    "É fundamental para a sociedade ter a inflação sob controle, dá ambiente de previsibilidade, e estamos conseguindo isso há 11 anos seguidos. É, ao mesmo tempo, sempre um grande desafio das sociedades buscarem inflações menores, e isso é obtido por uma série de boas práticas", disse Holland.

    "Entre essas boas práticas, estão a redução de custos de produção, aumento nos investimentos (para ampliar e modernizar a produção) e qualificação de profissionais", pontuou Holland.

    CONSUMO

    A alta na inflação no país é em partes explicada pela expansão na demanda dos consumidores –incentivada pelo governo, por meio de programas de estímulo ao crédito, por exemplo-, que não é acompanhada por uma elevação na produção.

    Holland destacou o aumento do preço da carne, de 3,17% no mês, e sugeriu que os brasileiros consumam outras formas de proteína, como frango, que teve queda no preço, de janeiro a setembro.

    "Na carne, estamos na entressafra, na fase de confinamento e engorda. Coincidindo com período de seca, acaba elevando preço. Ao mesmo tempo, tem aumento de demanda externa pelo produto."

    O PIB brasileiro retraiu no segundo trimestre e, apesar de a economia brasileira estar se recuperando no segundo semestre, o seu crescimento deve ficar próximo a zero no ano, pelas estimativas do mercado.

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024