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    Bolsa cai com investidores atentos a pesquisa e ao exterior; dólar sobe

    DE SÃO PAULO

    14/10/2014 10h43

    A Bolsa brasileira opera em baixa nesta terça-feira (14), um dia após registrar a maior alta diária desde agosto de 2011, com os investidores digerindo dados de pesquisa Vox Populi que apontou empate técnico entre os candidatos Aécio Neves (PSDB) e Dilma Rousseff (PT). Dados ruins no exterior também influenciam negativamente a Bolsa hoje.

    Às 10h42, o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, caía 0,65%, a 57.582 pontos.

    Das 70 ações negociadas, 21 subiam, 47 caíam e duas se mantinham inalteradas.

    Na noite de segunda-feira, a pesquisa Vox Populi mostrou empate técnico entre Dilma e Aécio Neves, com vantagem numérica para a presidente.

    Segundo o levantamento realizado no sábado e domingo, Dilma tem 45% das intenções de voto contra 44% de Aécio. A margem de erro da pesquisa é de 2,2 pontos percentuais. Os eleitores que planejam votar em branco ou nulo somam 5%, e os indecisos outros 5%.

    Considerando apenas os votos válidos (que excluem os brancos, nulos e indecisos), a presidente tem 51% e o tucano soma 49%.

    "A pesquisa assustou um pouco, porque a gente sabe que o mercado está muito instável, com altas e quedas significativas, mas esperava uma queda maior", afirma Leandro Martins, analista-chefe da Walpires Corretora. "Teve motivo para forte correção na Bolsa, e, apesar disso tudo, o Ibovespa cai menos de 1%, depois de ter tido pregão de maior alta em três anos", avalia.

    "Em outros momentos, a Bolsa poderia cair de forma pior, e não foi o que aconteceu. Acho que o mercado quer escolher um viés positivo", completa.

    Os investidores também analisam dados do exterior nesta sessão. A produção industrial da zona do euro caiu mais do que o esperado em agosto, principalmente devido à queda na produção de bens de capital que são usados para investimento, informou a agência de estatísticas da União Europeia, Eurostat, nesta terça-feira.

    A Eurostat informou que a produção nos 18 países que usam o euro caiu 1,8% em agosto sobre julho e 1,9% sobre um ano antes. A agência também revisou para baixo o crescimento da produção industrial em julho para 0,9% sobre o mês anterior, contra 1,0% divulgado anteriormente, e para 1,6% na comparação anual, ante 2,2%.

    AÇÕES

    As ações de bancos e estatais caem nesta sessão, após terem registrado forte alta na segunda-feira.

    Às 10h39, os papéis preferenciais da Petrobras, os mais negociados, caíam 2,66%, a R$ 21,54. Os ordinários, com direito a voto, tinham queda de 2,74%, a R$ 20,18.

    As ações do Banco do Brasil tinham desvalorização de 2,86%, a R$ 32,52, às 10h41, e os papéis preferenciais da Eletrobras perdiam 0,94%, a R$ 10,45, enquanto os ordinários tinham queda de 2,93%, a R$ 6,95.

    No setor bancário, as ações do Itaú Unibanco caíam 1,31%, a R$ 37,50, e as do Bradesco registravam perda de 0,99%, a R$ 38,77.

    No sentido positivo, as ações da Vale sobem pelo segundo dia seguido, ainda sob impacto dos dados da balança comercial chinesa, divulgados na segunda-feira. As ações preferenciais da mineradora avançavam 1,53%, a R$ 24,47, e as ordinárias subiam 1,89%, a R$ 28,01.

    CÂMBIO

    No mercado cambial, o dólar opera em alta em relação ao real nesta terça-feira. Às 10h43, o dólar à vista, referência no mercado financeiro, subia 0,45%, a R$ 2,396. O dólar comercial, usado nas transações no comércio exterior, avançava 0,25%, a R$ 2,399, no mesmo horário.

    Nesta manhã, o Banco Central deu continuidade às intervenções diárias que faz no mercado cambial e ofereceu 4.000 contratos de swap cambial (equivalentes à venda de dólares no mercado futuro) com vencimentos em 1º de junho e 1º de setembro de 2015. Foram vendidos 2.300 contratos para 1º de junho e 1.700 para 1º de setembro de 2015, com volume correspondente a US$ 197,4 milhões.

    O BC também fará nesta sessão mais um leilão de rolagem dos contratos de swap que vencem em 3 de novembro, que equivalem a US$ 8,84 bilhões, com oferta de até 8.000 contratos. Até agora, a autoridade monetária já rolou cerca de 40% do lote total.

    Folhainvest

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