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    Aneel propõe redução do preço da energia no mercado de curto prazo

    JULIA BORBA
    DE BRASÍLIA

    14/10/2014 10h31

    A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) apresentou nesta terça-feira (14) uma nova alternativa para precificar a energia no mercado de curto prazo. A proposta da agência é de aumentar o preço mínimo e reduzir o preço teto.

    Atualmente, esses valores variam entre R$ 15,62 e R$ 822,83. Pela nova proposta da agência, eles ficariam entre R$ 30,26 e R$ 388.

    De acordo com o relator do processo, diretor José Jurhosa, a aplicação dos novos limites permitiriam a redução da volatilidade do preço da energia.

    Editoria de arte/Folhapress

    Reportagem da Folha publicada nesta terça-feira informou que o governo iria reduzir o teto do preço da energia no mercado de curto prazo, o chamado PLD (preço de liquidação das diferenças).

    A medida teria como objetivo tentar garantir o sucesso do leilão marcado para 3 de dezembro. Com o teto mais baixo nesse mercado, as empresas ficariam desestimuladas a deixar de vender energia no leilão para conseguir um preço maior no curto prazo em 2015.

    No leilão de dezembro, a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) tenta garantir oferta de energia suficiente para que as distribuidoras não enfrentem um problema semelhante ao deste ano, quando registraram um prejuízo de R$ 19 bilhões.

    DÍVIDA

    Em 2014, por causa da forte seca e da não recomposição dos reservatórios das hidrelétricas, o preço da energia no mercado de curto prazo se manteve quase todo o ano muito próximo do teto.

    Isso prejudicou não apenas as grandes indústrias, que compram energia no mercado livre, mas também as distribuidoras de energia que precisaram recorrer a esses contratos para atender a demanda dos consumidores.

    O resultado foi um salto no endividamento das distribuidoras e um futuro endividamento também do consumidor, que perceberá o reflexo do aumento de preços em suas tarifas até 2017.

    A proposta da Aneel segue agora para audiência pública e poderá receber contribuições entre 16 de outubro e 10 de novembro.

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