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    Após abrir em baixa, Bolsa sobe com exterior e à espera de pesquisas

    DE SÃO PAULO

    14/10/2014 12h34

    Depois de abrir em baixa, a Bolsa brasileira mudou a direção e passou a subir nesta terça-feira (14), em linha com a melhora do humor no exterior e também com os investidores aguardando as pesquisas Ibope e Datafolha que serão divulgadas nesta quarta-feira.

    Às 15h28, o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, avançava 0,45%, a 58.219 pontos. Das 70 ações negociadas no índice, 41 subiam, 28 caíam e uma se mantinha inalterada.

    Apesar da alta, o dia deve ser de instabilidade na Bolsa, que registrou, na segunda-feira, a maior alta diária desde agosto de 2011, após subir 4,78%.

    "A Bolsa deve manter um viés de alta, com os investidores aguardando pesquisas eleitorais do Datafolha e do Ibope para ver se confirmam a sondagem do Sensus, que mostrou distância de Aécio Neves (PSDB) em relação à presidente Dilma Rousseff (PT), afirma Eduardo Velho, economista-chefe da gestora de recursos Invx Global.

    "As pessoas compraram a ideia de que as pesquisas vão captar as denúncias envolvendo a Petrobras, além do fator emocional da liderança do Aécio. O diferencial de votos deve aumentar no Ibope e Datafolha e, com isso, a tendência é de alta", avalia.

    Caso as sondagens não confirmem esse cenário, completa, a Bolsa pode ter uma forte queda nos pregões seguintes. "No momento o mercado está precificando um pouco a vitória do Aécio, apostando que a mudança política vai ocorrer e que ele vai ganhar a eleição. Se as pesquisas não confirmarem uma melhora do voto no Aécio, o mercado pode realizar", afirma Velho.

    Os investidores também mantêm foco na pesquisa Vox Populi, divulgada na segunda-feira, que mostrou empate técnico entre Dilma e Aécio, com vantagem numérica para a presidente.

    Segundo o levantamento realizado no sábado e domingo, Dilma tem 45% das intenções de voto contra 44% de Aécio. A margem de erro da pesquisa é de 2,2 pontos percentuais. Os eleitores que planejam votar em branco ou nulo somam 5%, e os indecisos outros 5%.

    Considerando apenas os votos válidos (que excluem os brancos, nulos e indecisos), a presidente tem 51% e o tucano soma 49%.

    "Em outros momentos, a Bolsa poderia cair de forma pior, e não foi o que aconteceu. Acho que o mercado quer escolher um viés positivo", diz Leandro Martins, analista-chefe da Walpires Corretora.

    Os investidores também analisam dados do exterior nesta sessão. A produção industrial da zona do euro caiu mais do que o esperado em agosto, principalmente devido à queda na produção de bens de capital que são usados para investimento, informou a agência de estatísticas da União Europeia, Eurostat, nesta terça-feira.

    A Eurostat informou que a produção nos 18 países que usam o euro caiu 1,8% em agosto sobre julho e 1,9% sobre um ano antes. A agência também revisou para baixo o crescimento da produção industrial em julho para 0,9% sobre o mês anterior, contra 1,0% divulgado anteriormente, e para 1,6% na comparação anual, ante 2,2%.

    AÇÕES

    As ações de bancos e estatais oscilam nesta sessão.

    Às 15h26, os papéis preferenciais da Petrobras, os mais negociados, caíam 0,22%, a R$ 22,08. Os ordinários, com direito a voto, tinham alta de 0,38%, a R$ 20,83.

    As ações do Banco do Brasil tinham valorização de 0,26%, a R$ 33,57, às 15h27, e os papéis preferenciais da Eletrobras perdiam 1,42%, a R$ 10,40, enquanto os ordinários tinham queda de 1,11%, a R$ 7,07.

    No setor bancário, as ações do Itaú Unibanco subiam 0,50%, a R$ 38,19, e as do Bradesco registravam alta de 0,66%, a R$ 39,42.

    No sentido positivo, as ações da Vale sobem pelo segundo dia seguido, ainda sob impacto dos dados da balança comercial chinesa, divulgados na segunda-feira. As ações preferenciais da mineradora avançavam 3,19%, a R$ 24,87, e as ordinárias subiam 4,03%, a R$ 28,60.

    CÂMBIO

    No mercado cambial, o dólar opera em alta em relação ao real nesta terça-feira. Às 15h28, o dólar à vista, referência no mercado financeiro, subia 0,45%, a R$ 2,396. O dólar comercial, usado nas transações no comércio exterior, avançava 0,33%, a R$ 2,401, no mesmo horário.

    Nesta manhã, o Banco Central deu continuidade às intervenções diárias que faz no mercado cambial e ofereceu 4.000 contratos de swap cambial (equivalentes à venda de dólares no mercado futuro) com vencimentos em 1º de junho e 1º de setembro de 2015. Foram vendidos 2.300 contratos para 1º de junho e 1.700 para 1º de setembro de 2015, com volume correspondente a US$ 197,4 milhões.

    O BC também rolou nesta sessão os 8.000 contratos de swap que vencem em 3 de novembro, que equivalem a US$ 8,84 bilhões. Até agora, a autoridade monetária já rolou 45% do lote total.

    Folhainvest

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