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    Leilão em dezembro contratará energia por prazos de 3 e 5 anos

    JULIA BORBA
    DE BRASÍLIA

    16/10/2014 15h12

    Em um esforço para atrair investidores para o próximo leilão de energia, o governo repetiu a estratégia adotada ano passado e esticou o prazo dos contratos.

    De acordo com publicação feita nesta quinta-feira (16) no Diário Oficial da União, o leilão previsto para ocorrer em 5 de dezembro deste ano permitirá contratação de energia por três e por cinco anos.

    Em geral, esses contratos são mais curtos, já que o leilão é feito com a energia chamada "velha", aquela que já existe e está disponível em usinas construídas. Assim, esse tipo de leilão é feito apenas com objetivo de equilibrar a demanda das distribuidoras para o ano seguinte, contratando uma quantidade não muito elevada de energia.

    No entanto, essas distribuidoras, que atendem diretamente o consumidor, já preveem que terão de contratar uma quantidade muito grande para 2015, cerca de 4 mil megawatts médios de energia.

    Durante praticamente todo o ano de 2014, as distribuidoras tiveram problemas por não contar com energia suficiente para a demanda da população, tendo de recorrer a contratações de curto prazo e pagando muito mais caro por isso.

    Este problema acabou tornando a dívida das empresas insustentável e o governo optou por intervir, oferecendo aportes e intermediando empréstimos.

    Para evitar a mesma situação no próximo ano, o governo pretende tornar o leilão mais atrativo, não apenas na questão de preço, ainda não divulgado, como também nos prazos. Quanto mais longo, mais interessante para as usinas participantes.

    PREÇO MENOR

    Além disso, a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) também deve aprovar uma medida, ainda em consulta pública, para reduzir o preço teto da energia no mercado de curto prazo.

    Assim, caso o leilão não seja suficiente para atender as empresas, elas ainda poderão recorrer aos contratos imediatos sem se endividar tanto quanto nesse ano.

    Pela proposta da agência, o preço máximo da energia no mercado livre deve cair de R$ 822 para R$ 388.

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