Lauren Hauber, executiva de desenvolvimento de negócios da Wil dlife Works, uma empresa do ramo ambiental da Califórnia, faz parte do crescente público de turistas a negócios que usa o Airbnb nas viagens a trabalho em vez de ficar em hotéis.

Em julho, o site de aluguel de acomodações por períodos curtos criou um site específico para esses clientes.

"Gosto muito de ter uma cozinha", diz Hauber.

	Ilana Panich-Linsman/The New York Times
	Para fugir de despedidas de solteiro, Steve Puryear aluga casa no Texas para executivos

Empresas de pequeno e grande porte, cada vez mais preocupadas com seus orçamentos, começam a olhar para além dos hotéis e buscar acomodações para seu pessoal em casas e apartamentos particulares.

"Estamos vendo um crescimento quase chocante no uso do Airbnb por turistas de negócios", diz Tim MacDonald, vice-presidente da Concur, produtora de software para administração de despesas de negócios e viagens. San Francisco, Nova York e Austin, além de Paris e Londres, são destinos especialmente populares.

Ao menos 55 companhias estão usando o site para planejar viagens de trabalho, afirma Lex Bayer, diretor de desenvolvimento de negócios da companhia.

O novo portal em geral exclui apartamentos compartilhados e imóveis mais excêntricos, como barcos ou casas de árvore, em favor de casas ou apartamentos inteiros.

Os imóveis do Airbnb, que em muitos casos incluem áreas comuns como salas de estar e de jantar, oferecem mais espaço de trabalho do que um quarto de hotel, o que permite que equipes inteiras se hospedem nesses locais.

Entre os proprietários beneficiados está Steve Puryear. Ele conta que até dois terços dos hóspedes de seu apartamento em Austin, no Texas, entre os quais Hauber e seus colegas, são viajantes de negócios. O título de seu anúncio no Airbnb deixa clara essa preferência: "Perfeito para executivos/profissionais liberais".

"Eu estava atraindo muitas festas de despedida de solteiro e coisas assim", conta o proprietário. "Queria direcionar o imóvel a outro público. Há moradores no edifício e as queixas por excesso de barulho custam caro."

A crescente concorrência de serviços como o Airbnb forçará os hotéis a encontrar maneiras de atrair de volta esses turistas, avalia Michael McCormick, vice-presidente da Associação Mundial de Viagens de Negócios.