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    Bolsa cai e dólar sobe com pessimismo no exterior e foco em eleições

    DE SÃO PAULO

    20/10/2014 10h40

    A Bolsa brasileira intensifica sua queda nesta segunda-feira (20), após a divulgação de pesquisa eleitoral e em linha com os mercados internacionais, que refletem um pessimismo com a economia global. Já o dólar sobe em relação ao real, em um dia em que as principais moedas emergentes não apresentam uma tendência definida.

    Às 15h08, o Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, caía 2,17%, a 54.512 pontos. Das 70 ações negociadas no índice, 63 tinham desvalorização e sete subiam.

    A Bolsa reforçou sua desvalorização após a divulgação da pesquisa CNT/MDA, que mostrou a candidata à reeleição Dilma Rousseff empatada tecnicamente com o tucano Aécio Neves, mesmo cenário diagnosticado pelas pesquisas Datafolha e Ibope.

    Na intenção de voto estimulada (quando os entrevistados são apresentados aos nomes dos candidatos), Dilma tem 45,5% contra 44,5% de Aécio. Brancos e nulos são 5,7% e não sabem ou não responderam são 4,3%.

    Os investidores também aguardam a divulgação da pesquisa Datafolha, que pode ocorrer nesta noite. Na sexta-feira, pouco antes do encerramento do pregão, foi publicada pesquisa Istoé/Sensus dando vantagem de 13 pontos percentuais ao candidato Aécio Neves (PSDB) em relação à presidente Dilma Rousseff (PT) na disputa eleitoral.

    De acordo com a sondagem, o candidato tucano tem 56,4% das intenções de voto válidas, contra 43,6% da presidente

    Além disso, os investidores analisam o mais recente Boletim Focus, do Banco Central, que voltou a reduzir a projeção para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro.

    Com a atividade dando sinais recorrentes de fragilidade, os analista consultados veem o PIB crescendo 0,27% em 2014, contra 0,28% na semana anterior.

    Hoje é dia de vencimento de opções sobre ações, o que costuma trazer mais instabilidade ao índice Ibovespa por causa da disputa entre investidores que apostam na alta de determinadas ações e aqueles que acreditam na baixa de papéis como Petrobras e Vale.

    O exterior também tem influência sobre a Bolsa brasileira, devido a preocupações com uma desaceleração global, afirma em relatório Pedro Paulo Silveira, economista-chefe da TOV Corretora.

    As Bolsas europeias fecharam em queda, reduzindo os ganhos da sessão anterior, com o alerta sobre o lucro da SAP golpeando papéis do setor tecnológico. Em Londres, o índice FTSE-100 caiu 0,68%, a 6.267 pontos. Em Paris, o CAC-40 teve baixa de 1,04%, a 3.991 pontos, e em Frankfurt o índice DAX fechou com desvalorização de 1,50%, a 8.717 pontos.

    Em Milão, o FTSE MIB encerrou o dia com queda de 0,86%, a 18.540 pontos. O Ibex-35, de Madri, caiu 0,42%, a 9.915 pontos. E a Bolsa portuguesa fechou com queda de 0,17%, a 5.037 pontos.

    "Com a falta de sinalização por parte do presidente do BCE (Banco Central Europeu) ou de Angela Merkel, o mercado amarga a triste realidade de ter que conviver com uma economia em desaceleração", afirma.

    Nos Estados Unidos, as Bolsas operam sem direção definida. Às 15h05, o Dow Jones caía 0,38%. o S&P 500 subia 0,36% e o índice da Bolsa de tecnologia Nasdaq tinha alta de 0,60%.

    AÇÕES

    Os papéis da PDG registram a maior baixa do Ibovespa nesta segunda-feira. Às 15h05, as ações caíam 6,40%, a R$ 1,17. É o mesmo percentual de queda das ações preferenciais da Oi, que desabam 6,40%, também a R$ 1,17.

    As ações da Petrobras também caem nesta segunda. Os papéis preferenciais, os mais negociados, caíam 3,24%, a R$ 18,47, às 15h06. As ações ordinárias, com direito a voto, tinham desvalorização de 2,86%, a R$ 17,66, no horário.

    Os papéis do Banco do Brasil tinham queda de 5,15%, a R$ 30,34, às 15h07, enquanto as ações preferenciais da Eletrobras registravam baixa de 2,69%, a R$ 10,12, e as ordinárias tinham queda de 3,86%, a R$ 6,72, no mesmo horário.

    No setor financeiro, as ações do Itaú Unibanco caíam 2,72%, a R$ 35,70, às 15h07. Já os papéis do Bradesco tinham desvalorização de 1,99%, a R$ 36,85, no horário.

    CÂMBIO

    No mercado cambial, o dólar avança em relação ao real. O dólar à vista, referência no mercado financeiro, subia 0,68%, a R$ 2,460, às 15h08. Já o dólar comercial, usado no comércio exterior, tinha alta de 1,19%, também a R$ 2,460, no mesmo horário.

    Nesta manhã, o Banco Central deu continuidade às intervenções diárias no mercado de câmbio, oferecendo 4.000 contratos de swap (equivalentes à venda de dólares no mercado futuro) com vencimentos em 1º de junho e 1º de setembro de 2015. Foram vendidos 2.700 contratos para 1º de junho e 1.300 para 1º de setembro de 2015, com volume correspondente a US$ 197,5 milhões.

    O BC também fez nesta sessão mais um leilão de rolagem dos contratos de swap que vencem em 3 de novembro, que equivalem a US$ 8,84 bilhões, com oferta de até 8.000 contratos. Ao todo, a autoridade monetária já rolou cerca de 62% do lote total.

    Folhainvest

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