Os acionistas da Santo Antônio Energia, concessionária responsável pela usina de mesmo nome no rio Madeira (RO), aprovaram na noite desta terça-feira (21) a injeção financeira de R$ 1,59 bilhão na companhia.

O valor era necessário para que Santo Antônio honrasse os pagamentos ao mercado de curto prazo de energia, além da dívida com o consórcio construtor da usina.

Em 3 de outubro, a Odebrecht, principal sócia privada da companhia, já havia adiantado R$ 300 milhões para evitar que Santo Antônio ficasse inadimplente junto à Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

Caso deixasse de pagar a dívida, a CCEE poderia desligá-la da câmara, o que a faria perder a licença de operação. Com isso, a usina voltaria para as mãos da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), sem indenização.

Os prejuízos, que superam R$ 2 bilhões, arcados por Santo Antônio decorrem de um atraso de cinco meses em relação ao cronograma válido na Aneel.

Sem entregar toda a energia vendida, a empresa acumulou dívidas no mercado de curto prazo, além de penalidades por não entregar volume suficiente de acordo com o Fator de Indisponibilidade: segundo o contrato assinado pela concessionária com a Aneel, a usina deve gerar 99,5% de sua capacidade durante todo o tempo.