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    BC da China não deve cortar juros para estimular economia, diz agência

    DA REUTERS

    22/10/2014 09h46

    O banco central da China deve resistir a um eventual corte de juros mesmo diante da desaceleração do crescimento, com a política de reformas influenciando a condução da política monetária, afirmaram fontes do governo chinês à Reuters.

    O BC do país enfrenta crescente pressão para cortar as taxas de juros com o objetivo de estimular o crescimento, mas temores de que isso poderia alimentar uma bolha imobiliária e da dívida reduziram as chances de medidas rápidas, de acordo com fontes.

    A economia da China cresceu 7,3% no terceiro trimestre deste ano, menor resultado desde o primeiro trimestre de 2009, quando o mundo vivia o pico da crise financeira originada nos EUA.

    Os 7,3% representam uma desaceleração em relação ao segundo trimestre, quando o PIB crescera 7,5%. O resultado está abaixo da meta do governo para 2014, que é crescer 7,5%.

    Editoria de Arte/Folhapress

    REFORMA

    Os principais líderes, que se comprometeram com difíceis reformas e em evitar estímulo de curto prazo para sustentar taxas de crescimento, temem que alguma flexibilização da política –como corte nas taxas de juros ou ampla redução no compulsório dos bancos– poderia ser vista como sinais de retrocesso, disseram as fontes.

    "O principal problema é que algumas pessoas têm feito um paralelo entre a redução dos juros com forte estímulo", disse um ex-pesquisador do banco central, que pediu para não ser identificado.

    "É um pouco divertido quando você liga redução dos juros – uma política monetária– com política, mas o debate mostra visões divididas dentro do governo", disse.

    O tom reflete o discurso do presidente Xi Jinping de "novo cenário normal", em que a China deve se adaptar a crescimento mais lento porém mais sustentável após três décadas de expansão vertiginosa.

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