A Bolsa brasileira tem leve alta nesta quarta-feira (22), em linha com os principais mercados internacionais e após nova pesquisa Datafolha confirmar vantagem de Dilma Rousseff (PT) em relação a Aécio Neves (PSDB) na disputa eleitoral.
Às 15h, o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, tinha alta de 0,65%, a 52.770 pontos, após cair por dois pregões seguidos. Das 70 ações negociadas, 46 subiam, 20 caíam e quatro se mantinham inalteradas no horário.
A Bolsa acompanha seus pares no exterior, que também apresentam leve avanço. Aqui, os investidores analisam os resultados da nova pesquisa Datafolha que confirmou leve vantagem da atual presidente em relação a Aécio Neves.
Os dados da corrida eleitoral do Datafolha desta terça são quase idênticos aos da pesquisa da segunda, um dia antes. Em votos válidos, Dilma registrou 52%; Aécio Neves (PSDB), 48%. Empate técnico no limite máximo da margem de erro, de dois pontos.
Em votos totais, Dilma oscilou de 46% para 47%, Aécio manteve os 43%. Brancos e nulos foram de 5% para 6%; indecisos, de 6% para 4%.
"Esse Datafolha saiu muito próximo do outro Datafolha, então o mercado já tinha incorporado o cenário de leve vantagem da Dilma nas eleições", afirma Luciano Rostagno, estrategista-chefe do Banco Mizuho. "O debate na Globo na sexta-feira pode definir o vencedor. Até lá, dificilmente a gente vai ver alguma mudança no quadro eleitoral", diz.
Segundo ele, o mercado entrou em compasso de espera. "Os investidores estão esperando alguma novidade para poder tomar um novo rumo. Lá fora, como os mercados estão tranquilos, isso favorece essa calmaria no mercado doméstico", ressalta.
AÇÕES
As ações de estatais oscilam nesta quarta-feira. Às 14h57, os papéis preferenciais da Petrobras, os mais negociados, avançavam 0,65%, a R$ 16,79, enquanto os ordinários, com direito a voto, tinham alta de 0,49%, a R$ 16,27, no horário.
Os investidores analisam também o rebaixamento da nota da petrolífera pela agência de classificação de risco Moody's, na noite de terça-feira. A nota mede a capacidade de uma empresa pagar suas dívidas e serve de baliza para os investidores.
A Moodys rebaixou a nota da Petrobras de Baa1 para Baa2, considerada mediana, e colocou a avaliação em perspectiva negativa (pode ocorrer novo rebaixamento).
"Essa possibilidade já estava meio que no preço do papel. O mercado já vem incorporando essa perspectiva pior para a Petrobras e já vinha antecipando esse rebaixamento", afirma Rostagno, do Mizuho.
As ações do Banco do Brasil caíam 0,46%, a R$ 27,97, às 14h58, e os papéis preferenciais da Eletrobras operavam com queda de 0,74%, a R$ 9,28, enquanto os ordinários tinham queda de 0,95%, a R$ 6,23, às 14h58.
No setor financeiro, as ações do Itaú Unibanco operavam com leve alta de 0,02%, a R$ 33,86, às 14h59. Os papéis do Bradesco avançavam 1%, a R$ 35,17, no mesmo horário.
A Copel era a maior alta do Ibovespa às 15h, ao subir 4,69%, enquanto a maior baixa no horário era a ALL - América Latina Logística, com queda de 2,51%.
CÂMBIO
No mercado cambial, o dólar avança em relação ao real nesta quarta-feira. Às 14h57, o dólar à vista, referência no mercado financeiro, subia 0,24%, a R$ 2,483. O dólar comercial, usado no comércio exterior, tinha alta de 0,32%, a R$ 2,485.
Nesta manhã, o Banco Central deu continuidade às atuações diárias no mercado cambial, oferecendo 4.000 contratos de swap (equivalentes à venda de dólares no mercado futuro). Os contratos têm vencimento em 1º de junho e 1º de setembro de 2015. Foram vendidos 2.000 contratos para 1º de junho e 2.000 para 1º de setembro de 2015, com volume correspondente a us$ 196,7 milhões.
O BC também realizou mais um leilão de rolagem dos contratos de swap que vencem em 3 de novembro, com oferta de até 8.000 contratos. Ao todo, a autoridade monetária já rolou cerca de 71% do lote total, equivalente a US$ 8,84 bilhões.
