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    Justiça aceita pedido de recuperação judicial da MMX

    SAMANTHA LIMA
    DO RIO

    23/10/2014 12h54

    A Justiça aceitou, na quarta-feira (22), o pedido de recuperação judicial da MMX, mineradora controlada pelo empresário Eike Batista.

    O pedido de recuperação judicial havia sido apresentado na semana passada, na Justiça de Minas Gerais.

    A empresa mergulhou em dificuldades financeiras agravadas pela queda mundial no preço do minério de ferro. Nos últimos seis meses, a cotação saiu de patamar próximo a US$ 120 e hoje está perto de US$ 82 a tonelada.

    Desde setembro a empresa deixou de produzir minério de ferro, alegando a queda nos preços e também entraves ambientais.

    A MMX havia informado à Justiça que as dificuldades também decorriam do recuo do BNDES em lhe dar financiamento de longo prazo para expansão.

    Na sentença, o juiz Ronaldo Claret de Moraes suspende por 180 dias as ações e execuções contra a empresa e determina que um plano de recuperação seja apresentado em, no máximo, 60 dias. Caso contrário, a empresa corre o risco de ter falência decretada.

    A MMX torna-se, com a decisão, a terceira empresa do grupo de Eike Batista a entrar em recuperação judicial, ao lado da companhia de petróleo Ogpar –ex-OGX– e do estaleiro OSX.

    Outra empresa criada pelo empresário nos últimos anos, a Eneva –ex-MPX– negociou, em setembro, perdão temporário de dívidas, até novembro, com os principais credores.

    A Eneva, dona de oito usinas térmicas a gás e carvão, tem hoje, como sócio majoritário, o grupo alemão de energia E.ON e está executando um plano de reestruturação de dívidas que já resultou em aportes de R$ 883 milhões, entre aportes dos sócios e dinheiro de bancos, entre eles o BNDES.

    A LLX, por sua vez, foi vendida ao grupo americano EIG em 2013, e teve o nome mudado para Prumo Logística. É dona do superporto do Açu, no Norte Fluminense.

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