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    Confiança do consumidor cai para menor nível desde 2009, diz FGV

    RICARDO MIOTO
    DE SÃO PAULO

    24/10/2014 11h13

    O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) da FGV recuou 1,5% de setembro para outubro e atingiu o menor nível desde abril de 2009. Contra outubro do ano passado, a queda é de 8,9%.

    O índice atingiu o patamar de 101,5 pontos. O valor 100 é utilizado como base e se refere à confiança do consumidor em setembro de 2005, quando a pesquisa começou a ser feita. Em 2012, o número se aproximou de 130.

    Segundo a economista Viviane Seda, coordenadora da pesquisa, um dos fatores que leva à má situação é a inflação do alimentos, que tem forte impacto e é facilmente percebida pelo consumidor.

    "Todos os indicadores da pesquisa continuam em níveis baixos em termos históricos e próximos aos valores do período pós-crise financeira."

    A metodologia da pesquisa se baseia em questionar os entrevistados sobre vários itens.

    Entre eles, estão a sua percepção da situação econômica atual, as perspectivas para os próximos seis meses, a facilidade para conseguir emprego, a situação financeira da família, os planos para comprar eletrodomésticos, carros e imóveis, os planos de viajar, a inflação e a tendência da taxa de juros. As respostas são ponderadas para levar ao índice de confiança.

    A amostra é de cerca de 2.100 domicílios em sete das capitais. A coleta de dados para esta edição foi realizada de 1º a 21 de outubro.

    Eduardo Terra, presidente da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo, avalia que há uma crise de confiança no país, mesmo que os impactos do baixo crescimento da economia ainda não sejam sentidos com força pelas famílias.

    "Perda de confiança é quando o chefe de família continua ganhando igualzinho, o banco continua dando crédito, mas ele sente que as coisas vão piorar e resolve que é preciso ter cautela."

    Ele lembra que o tripé do consumo não está em situação catastrófica: o desemprego é baixo (ainda que em função da menor população economicamente ativa, não pela criação de postos), e renda e crédito, apesar de não avançarem como antes, também estão longe de despencar.

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