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    Presidente do BC do Japão diz que não há prazo para encerrar estímulos

    DA REUTERS

    28/10/2014 11h07

    O presidente do Banco do Japão, Haruhiko Kuroda, afirmou nesta terça-feira (28) que não há prazo predeterminado para encerrar o forte estímulo monetário, sinalizando que o período de dois anos para atingir a meta de inflação não é rígido.

    Falando no Parlamento, ele manteve a visão favorável do banco central japonês de que a meta de inflação de 2% será atingida por volta do próximo ano fiscal, que começa em abril de 2015, e acrescentou que as autoridades começarão a debater uma estratégia de saída do programa de estímulo durante aquele ano.

    Ele fez a rara declaração sobre o plano de saída quando pressionado por um legislador de oposição, que levantou preocupações sobre riscos de afrouxamento monetário prolongado.

    Yuya Shino/Reuters
    Presidente do banco central japonês, Haruhiko Kuroda, em conferência do BC em outubro
    Presidente do banco central japonês, Haruhiko Kuroda, em conferência do BC em outubro

    "A projeção do conselho (do BC) é que os 2% deverão ser atingidos durante em torno do ano fiscal de 2015. Então não há dúvidas de que vários debates serão realizados sobre a estratégia de saída durante o período", disse Kuroda.

    Ele reiterou que "não hesitará em ajustar a política" se a meta for ameaçada. Ao adotar seu programa de estímulo em abril passado, o banco central japonês prometeu dobrar a base monetária por meio de agressivas compras de ativos para atingir a meta de inflação.

    ESTÍMULO PROLONGADO

    No começo de outubro, Kuroda destacou a resolução de manter o forte estímulo à economia por um período prolongado, mas descartou a necessidade de ampliá-lo em breve.

    O presidente do BC também manteve sua avaliação de que o iene fraco é positivo para a economia do país, mas aceitou as preocupações dos empresários de que mais desvalorização da moeda vai afetar pequenas empresas e famílias ao elevarem os custos de importação.

    No início do mês, como previsto, o BC japonês decidiu por unanimidade manter sua promessa de elevar a base monetária, ou dinheiro e depósitos na autoridade monetária, ao ritmo anual de 60 a 70 trilhões de ienes (US$ 547 bilhões a US$ 638 bilhões) por meio de compras de títulos do governo e a ativos de risco.

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