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    Analistas esperam Selic em 11% ao ano

    DE SÃO PAULO

    29/10/2014 12h00

    O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central define nesta quarta-feira (29) a Selic, a taxa básica de juros, a partir da avaliação do cenário econômico brasileiro.

    Reportagem publicada nesta quarta-feira (29) pela Folha mostra que, na primeira reunião do comitê após a reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT), os juros deverão ser mantidos em 11% ao ano, mas assessores não descartam uma alta em dezembro.

    Editoria de arte/Folhapress

    A taxa básica de juros da economia é o instrumento usado pelo BC para controle da inflação. Quando a Selic aumenta, é para conter a demanda aquecida, pois juros elevados encarecem o crédito e estimulam a poupança. Quando há redução da Selic, o crédito tende a ficar mais barato, estimulando a produção e o consumo.

    Segundo o boletim Focus, do Banco Central, a expectativa do mercado financeiro é que o Copom mantenha a Selic no patamar atual, de 11%, até o fim do ano –como tem sido feito desde maio. Na ocasião, o BC interrompeu trajetória de nove altas consecutivas. O patamar atual é o mais alto desde novembro de 2011, quando a taxa também era 11%.

    "O Copom tem dado a entender que está satisfeito com o atual nível de juros e que não vê necessidade por ora. Como está em fase de transição das gestão, pode não ser conveniente inclusive mexer na política monetária neste momento", analisa Newton Rosa, da Sul América Investimentos.

    Para André Perfeito, economista-chefe da Gradual Investimentos, o governo não irá alterar a taxa de juros em outubro. "Além da política monetária global permanecer expansionista, e em grande medida deflacionista, a atividade já está baixa. O pessimismo eleitoral potencializou a taxa de juros, logo não será necessário."

    Nos últimos meses, o BC anunciou pacotes de incentivo ao crédito. Com a baixa demanda por empréstimos, no entanto, a maior parte dos recursos liberados para estimular o crescimento acaba aplicada em títulos públicos.

    No início de setembro, última reunião do Copom antes da eleição, o Banco Central decidiu manter a Selic 11% ao mês. A medida foi justificada pelo cenário de 'recessão técnica' que afeta o Brasil. De acordo com o IBGE, o PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro caiu 0,6% no segundo trimestre do ano, na comparação com os três primeiros meses de 2014. Em relação ao segundo trimestre de 2013, a economia do país encolheu em 0,9%.

    O resultado do primeiro trimestre também foi revisado para queda de 0,2% (contra alta de 0,2% informado anteriormente).

    Com agências de notícias

    Folhainvest

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