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    Ferrari terá ações em Bolsa, anuncia Fiat Chrysler

    DA REUTERS

    29/10/2014 14h50

    A Fiat Chrysler Automobiles (FCA) planeja listar uma fatia de 10% da marca de carros de luxo Ferrari e emitir US$ 2,5 bilhões em bônus conversíveis para ajudar a financiar seu plano de reestruturação.

    A recém-criada FCA, que listou ações em Nova York mais cedo neste mês, quer investir 48 bilhões de euros (US$ 61 bilhões) durante os próximos cinco anos em uma tentativa de alcançar líderes do setor como a Volkswagen e a Toyota, e alguns analistas têm questionado se a companhia pode arcar com os gastos em função do enfraquecimento do mercado.

    "Aparentemente eles resolveram seus problemas de capital de uma só vez", disse Roberto Lottici, gestor de fundos da Ifigest. Ele acrescentou que a cisão da famosa marca Ferrari deve ajudar a impulsionar o valor da FCA.

    As ações da FCA listadas em Milão chegaram a subir mais de 18% nesta quarta-feira (29), sendo negociadas a 9,03 euros, seu maior nível desde 23 de abril.

    A Ferrari pode ter um valor de mercado de 5 bilhões de euros a 5,8 bilhões de euros, segundo corretores.

    Miguel Medina/AFP
    Ferrari 458 Speciale ganhou uma versão conversível durante o Salão de Paris, no início do mês
    Ferrari 458 Speciale ganhou uma versão conversível durante o Salão de Paris, no início do mês

    O IPO

    A Fiat Chrysler Automobiles disse que listará a fatia de 10% nos Estados Unidos e possivelmente em uma bolsa europeia, esperando completar a cisão no ano que vem. Os 90% restantes serão distribuídos entre acionistas da FCA, que incluem a família Agnelli, fundadora da Fiat.

    A companhia anunciou também que emitirá bônus obrigatoriamente conversíveis, que terão que ser convertidos em ações da FCA no vencimento.

    Aqueles que investirem nos bônus também terão direitos de subscrição para as ações da Ferrari que serão listadas.

    Analistas têm há tempos que a FCA, com dívida industrial líquida de 11,4 bilhões de euros no final de setembro, precisava levantar capital para reforçar seu balanço, especialmente em um momento em que luta contra perdas na Europa e o enfraquecimento de mercados latino-americanos.

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