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    Lucro da Duratex cai pela metade no 3º tri, afetado por maiores despesas

    DA REUTERS

    29/10/2014 15h16

    A empresa de insumos para a construção civil e marcenaria Duratex viu o lucro do terceiro trimestre cair pela metade ante igual período do ano passado, sob o peso de vendas fracas e maiores despesas operacionais e financeiras.

    Entre julho e setembro, o lucro líquido da companhia recuou 50,9% na comparação anual, a R$ 83,53 milhões.

    Apesar de ter registrado um forte avanço de 183,6% nas vendas líquidas no mercado externo, o crescimento no Brasil, seu principal mercado, teve recuo de 3,8% sobre um ano antes, a R$ 953,84 milhões.

    Com isso, a receita líquida total da companhia subiu apenas 2,9% no trimestre, a R$ 1,06 bilhão.

    No terceiro trimestre, as despesas com vendas da Duratex passaram a responder por 13,4% da receita líquida, alta de dois pontos percentuais sobre um ano antes. Ao mesmo tempo, as despesas gerais e administrativas passaram a 3,3% da receita líquida, ante 3,1% no mesmo trimestre de 2013.

    Com isso, a geração de caixa medida pelo Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da companhia somou R$ 304,32 milhões nos três meses encerrados em setembro, recuo de 23,7% no ano-a-ano.

    DESPESAS

    A última linha do balanço da Duratex foi ainda afetada pelo maior nível de despesas financeiras, decorrentes do maior endividamento da companhia. No trimestre, o resultado financeiro líquido ficou negativo em R$ 44,1 milhões, alta de 45% sobre igual etapa do ano passado.

    Em comentário sobre o desempenho, a companhia disse ter realizado uma revisão geral do plano de investimentos para este ano e 2015 em função do atual cenário macro, acrescentando que os investimentos serão somente atrelados ao plantio e à manutenção de florestas e plantas, podendo ser alterados no caso de aquisições.

    "A companhia possui, no momento, capacidade suficiente para atender à demanda dos próximos dois a três anos", afirmou.

    VENDAS

    As vendas reais de materiais de construção no Brasil devem fechar 2014 com recuo de 4%, segundo a associação que representa o setor, Abramat.

    No acumulado de janeiro a setembro, o faturamento deflacionado do setor caiu 6,5% na comparação anual, enquanto a receita líquida consolidada da Duratex no mercado interno, no mesmo período, recuou 3,9%, a R$ 2,64 bilhões.

    Segundo a Duratex, o cenário macro exerce pressão negativa no setor de materiais de construção principalmente pela maior dependência do segmento de reformas e venda de imóveis novos.

    "Incertezas ligadas às condições futuras do mercado de trabalho, no curto e médio prazos, exercem forte influência no consumidor", afirmou a companhia, que é dona de marcas como Deca e Hydra.

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