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    Economia dos EUA supera expectativas e cresce 3,5% no 3º tri

    GIULIANA VALLONE
    DE NOVA YORK

    30/10/2014 11h49

    A economia dos Estados Unidos cresceu mais que o esperado no terceiro trimestre, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira (30) pelo Departamento do Comércio.

    O PIB (Produto Interno Bruto) teve alta anualizada de 3,5% entre julho e setembro, maior do que os 3% previstos pelo mercado. No segundo trimestre, o crescimento foi de 4,6%.

    Os dados divulgados nesta quinta-feira são parciais e passarão por outras duas revisões. Isso por que esta primeira leitura se baseia em dados de apenas dois meses para a maioria das estatísticas. A próxima estimativa sai no dia 25 de novembro.

    O crescimento no terceiro trimestre foi impulsionado pelos gastos dos consumidores e do governo federal e pelas exportações. As importações, que contribuem negativamente para o PIB, caíram no período.

    Apesar disso, a alta do consumo foi menor que no segundo trimestre, de 1,8% contra 2,5%, o que explica, em parte, o crescimento um pouco menor nos últimos três meses.

    Os gastos com bens duráveis, como veículos e eletrodomésticos, subiram 7,2%, contra 14,1% no trimestre anterior.

    As vendas no exterior também tiveram aumento menor, de 7,8% no trimestre, contra 11,1% entre abril e junho. No mesmo período, as compras externas caíram 1,7%, ante alta de 11,3% no segundo trimestre.

    Bill Pugliano - 25.set.14/AFP
    Trabalhadores em fábrica de veículo no Estado de Michigan, nos EUA
    Trabalhadores em fábrica de veículo no Estado de Michigan, nos EUA

    JUROS

    Na quarta-feira (29), o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) anunciou o fim de seu programa de compra de ativos para estimular a economia. A avaliação da autoridade monetária é que o pacote já cumpriu seu papel em estimular o mercado de trabalho.

    Nas três fases do programa, o Fed gastou US$ 4,5 trilhões, ou duas vezes o PIB do Brasil.

    A fase atual, que acaba nesta sexta (31), começou em setembro de 2012, com compras de US$ 85 bilhões. O início da redução foi divulgado após a reunião do comitê monetário de dezembro de 2013.

    EMPREGO

    Nesse período, a taxa de desemprego caiu de 8,1% para 5,9%, mais perto do nível pré-crise, que pairava em torno de 5%.

    Agora, as atenções do mercado se voltam ainda mais para quando começará um novo ciclo de aumento da taxa básica de juros da economia norte-americana –perto de zero desde 2008.

    A avaliação do mercado é que o Fed deve manter os juros até pelo menos a metade de 2015.

    A autoridade já informou, no entanto, que pode antecipar o movimento caso a economia indique sinais de melhora acima do esperado.

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