O gigante Banco de Construção da China, que comprou o brasileiro BicBanco –que atua no financiamento de pequenas e médias empresas– um ano atrás, quer rever o preço pago pela instituição financeira que pertencia à família Menezes de Bezerra.
Os chineses pagaram R$ 1,621 bilhão no negócio, que embutia um ágio de 18,6% sobre o valor das ações na Bolsa na ocasião, pelo equivalente a 72% do capital do banco. Agora querem ajustar o preço, reduzindo o valor pago em R$ 287,8 milhões.
O BicBanco informou nesta quinta-feira (30) que sua controladora CCB Brazil Financial Holding, subsidiária do Banco de Construção da China (China Construction Bank), entregou notificação indicando que o preço pago pelo banco estaria sujeito ao ajuste.
O montante corresponde a uma diminuição de R$ 1,58 por ação do banco, com o valor final da transação ficando em aproximadamente R$ 7,32 por papel. Os vendedores do banco, da família Bezerra de Menezes, terão 20 dias para contestar o ajuste de preço.
A compra do BicBanco pelos chineses selou a entrada de um dos maiores bancos do mundo no Brasil.