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    Após chefe da Apple revelar ser gay, russos retiram homenagem a Jobs

    DA REUTERS
    DE SÃO PAULO

    03/11/2014 18h11 - Atualizado às 18h32

    Um monumento para Steve Jobs, o fundador da Apple, foi desmontado na cidade russa de São Petersburgo depois que o homem que o sucedeu no comando da empresa, Tim Cook, assumiu ser gay, na semana passada.

    O monumento de 2 metros de altura na forma de um iPhone foi instalado do lado de fora de uma universidade em janeiro de 2013 por um grupo russo de empresas chamado ZEFS.

    Citando a necessidade de obedecer a lei que combate "propaganda gay", o ZEFS declarou em um comunicado nesta segunda-feira (3) que o memorial foi removido na sexta-feira (31)
    .
    "Na Rússia, a propaganda gay e outras perversões sexuais entre menores de idade são proibidas por lei", afirmou o ZEFS, observando que a homenagem estava "em uma área de acesso direto a jovens estudantes e acadêmicos".

    Na última quinta-feira (31), Cook publicou um ensaio na revista "Bloomberg Businessweek" em que confirmava publicamente ser gay, tornando-se o primeiro líder empresarial entre as 500 maiores empresas dos Estados Unidos a assumir essa orientação sexual.

    "Tenho orgulho de ser gay e considero que ser gay está entre os melhores presentes que Deus me deu", ele escreveu.

    Na visão do conglomerado ZEFS, Cook "defendeu publicamente a sodomia", e por isso "o monumento foi desmontado para cumprir a lei russa que protege as crianças de informações que incentivem a negação dos valores familiares tradicionais."

    No ano passado, o presidente russo Vladimir Putin sancionou uma lei que proíbe a "propaganda gay" no país. Os russos são multados em caso de manifestações de "relações sexuais não tradicionais" –o que, na prática, limita qualquer gesto homoafetivo.

    A legislação do país veta a adoção de crianças nascidas na Rússia por casais gays no país e no resto do mundo e autoriza a prisão de turistas gays ou suspeitos de serem homossexuais ou simpatizantes.

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