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    BC reforça intervenção no câmbio para segurar alta do dólar

    EDUARDO CUCOLO
    DE BRASÍLIA

    03/11/2014 19h44

    O Banco Central inicia nesta terça-feira (4) o processo de rolagem dos contratos de swap cambial (equivalem a uma venda futura de câmbio) que vencem em 1º de dezembro de 2014. A instituição irá oferecer US$ 450 milhões nessa primeira operação.

    Se decidir realizar operações com esse valor todos os dias, o BC irá rolar quase 90% dos US$ 9,8 bilhões que vencem no início do próximo mês.

    Essa quantidade, no entanto, pode ser alterada ao longo do mês, como já aconteceu algumas vezes neste ano, para garantir a rolagem total dos papéis.

    Nessa primeira operação serão vendidos, pela primeira vez, contratos que oferecem "proteção" contra a alta do dólar até novembro de 2015 e janeiro de 2016.

    O estoque de contratos de swap em poder de mercado estava em US$ 102 bilhões no final de outubro. Esses papéis têm prazos que vão de dezembro deste ano até outubro de 2015.

    O valor desses contratos corresponde a mais de 25% das reservas do país em moeda estrangeira. Esses leilões têm sobre o mercado de câmbio efeito similar ao da venda de dólares. Ou seja, ajudam a segurar as cotações.

    O programa atual de intervenções prevê, até o fim de dezembro, a oferta diária de 4.000 contratos de swap cambial. Além disso, o BC tem feito diariamente leilões para rolar os contratos que vencem no início do mês seguinte. A rolagem evita que o estoque caia na virada do mês.

    O BC deve anunciar até o fim do ano se irá manter em 2015 o programa de intervenções diárias adotado no ano passado.

    Nesta segunda, o lote de 4.000 contratos foi vendido pelo total de US$ 197,5 milhões.

    MERCADO FINANCEIRO

    O dólar à vista, referência no mercado financeiro, fechou a segunda-feira com valorização de 1,32% sobre o real, cotado em R$ 2,50 na venda. Já o dólar comercial, usado no comércio exterior, subiu 0,88%, também a R$ 2,50.

    O Ibovespa encerrou o primeiro pregão de novembro com perda de 1,25%, aos 53.947 pontos. Papéis da Petrobras e de bancos puxaram o principal índice da Bolsa brasileira para baixo nesta segunda-feira (3).

    Folhainvest

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