• Mercado

    Saturday, 18-May-2024 13:31:54 -03

    Ministério eleva risco de desabastecimento de energia em 2015

    MACHADO DA COSTA
    DE SÃO PAULO
    JULIA BORBA
    DE BRASÍLIA

    05/11/2014 17h08

    O Ministério de Minas e Energia (MME) aumentou, nesta quarta-feira (5), suas previsões para o risco de desabastecimento de energia no ano que vem. O índice referente à região Sudeste/Centro-Oeste subiu de 4,7% para 5%, o limite máximo tolerado pelo órgão.

    Após reunião do CMSE (Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico), encontro que reúne as principais autoridades do setor dentro do governo, o MME divulgou uma nota em que diz que pode ser necessária "a adoção de medidas adicionais àquelas normalmente praticadas, como a estratégia que vem sendo adotada, em 2014, para preservação dos reservatórios".

    O Comitê não exemplificou quais seriam essas medidas.

    Entretanto, neste ano vem sendo reforçado o uso de usinas térmicas, acionadas em sua capacidade máxima ao longo de todos os meses.

    APAGÃO NO VERÃO

    O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) também tem alertado geradores e distribuidores de energia sobre os riscos de haver cortes seletivos de luz no verão, se a crise do sistema se agravar.

    A medida, revelada pela Folha nesta quarta (5), seria necessária para manter os reservatórios em níveis adequados para garantir o abastecimento de energia nos grandes centros urbanos durante os horários de pico.

    Luiz Fernando Vianna, presidente da Apine, associação que reúne os geradores privados, afirma que o ONS demonstrou preocupação com o assunto nas últimas três reuniões com o setor.

    João Carlos Mello, presidente da comercializadora Thymos, também ouviu o alerta. Ele diz que a medida poderia se fazer necessária para que as hidrelétricas tenham capacidade para manter o fornecimento de luz entre janeiro e fevereiro, meses com maior demanda de energia.

    Em nota publicada nesta quarta (5), porém, o ONS afirmou que não há risco de apagão e que não cogita cortes seletivos de energia para garantir o fornecimento nos horários de pico no verão.

    Segundo o órgão, essa possibilidade não corresponde aos resultados dos estudos do Programa Mensal de Operação do mês de novembro.

    Segundo a nota, assinada por Hermes Chipp, diretor-geral do ONS, apesar dos níveis baixos dos reservatórios no Sudeste/Centro-Oeste e no Nordeste, "o período chuvoso está se iniciando dentro da normalidade". Os reservatórios do Sudeste estão em 18,03%, menor nível dos últimos 20 anos.

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024