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    Produção de veículos cai 16% de janeiro a outubro, diz Anfavea

    EDUARDO SODRÉ
    DE SÃO PAULO

    06/11/2014 12h54

    Com estoques em 40 dias e queda acumulada de 16% na produção de janeiro a outubro, a Anfavea (associação nacional das montadoras) insiste na flexibilização do período de "lay-off" (suspensão temporária de contrato de trabalho) na indústria nacional.

    Há preocupação com o nível de emprego nas fabricantes de automóveis, que caiu 0,5% entre setembro e outubro, confirmando a tendência dos últimos seis meses. Os números foram divulgados nesta quinta-feira (6).

    "O prazo dos lay-offs é um pleito da indústria, uma conversa permanente com o governo. Continuamos insistindo na flexibilização da lei atual. As crises são cíclicas, precisamos desenvolver um mecanismo forte para suportar esses períodos", afirmou o presidente da Anfavea, Luiz Moan. A entidade defende que o período atual, de cinco meses, seja estendido para até dois anos.

    Editoria de Arte/Folhapress

    PRODUÇÃO

    Entre setembro e outubro, a produção de autos recuou 2,5% (incluídos caminhões e ônibus).

    Em setembro, depois de dois meses de alta, a produção industrial brasileira caiu 0,2%, informou o IBGE na terça-feira (4).

    O resultado frente ao mês imediatamente anterior veio abaixo da previsão de analistas, que esperavam uma alta de 0,2%, segundo a Bloomberg.

    A principal influência de queda foram os bens intermediários, responsáveis por pouco mais da metade da produção da indústria brasileira. A fabricação desses produtos recuou 1,6% em setembro sobre agosto.

    VENDAS

    A associação das montadoras espera que a tendência de crescimento nas vendas se confirme no último bimestre, com vendas diárias chegando a 15 mil unidades. Até outubro, a média ficou em cerca de 12 mil licenciamentos por dia.

    Entre setembro e outubro, houve crescimento de 3,6% nos emplacamentos, mas o acumulado do ano registra queda de 8,9%. Na comparação entre outubro de 2014 e o mesmo mês do ano passado, a redução é de 7,1%.

    As exportações continuam em declínio, chegando a 40,4% de retração no acumulado de 2014. Na próxima semana, Moan irá ao México para discutir as bases do novo acordo bilateral –o atual vence em março.

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