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    Economistas elevam projeção para taxa de juros e cortam PIB em 2014

    DE SÃO PAULO
    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    10/11/2014 09h11

    Economistas de instituições financeiras elevaram a estimativa para a taxa básica de juros (Selic) a 11,5% no fim deste ano, ante 11% previstos antes, e cortaram a projeção para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) para 0,20% em 2014.

    A pesquisa Focus, divulgada nesta segunda-feira (10), também mostrou que os especialistas veem a Selic em 12% no final de 2015, após o Banco Central aumentar a taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual, a 11,25% ao ano, no final do mês passado.

    O Banco Central argumentou que câmbio e preços administrados estavam pesando sobre os preços e, por isso, decidiu iniciar novo ciclo de aperto monetária.

    O Copom (Comitê de Política Monetária do BC) tem ainda mais uma reunião neste ano, em 2 e 3 de dezembro, para definir o futuro da Selic.

    Editoria de Arte/Folhapress

    Na semana passada, o Focus havia mantido a taxa básica em 11% até o fim do ano, nas primeiras projeções coletadas após a reeleição da presidente Dilma Rousseff.

    Segundo o Banco Central, as estatísticas calculadas pelo sistema Expectativas na sexta-feira (31) e publicadas na última segunda (3) no Focus e nas séries expectativas consideraram como válidas as expectativas registradas no sistema nos últimos 30 dias.

    Algumas instituições não tinham alterado suas projeções após a elevação da taxa básica pelo Copom, o que explica a manutenção dos juros em 11% até o fim do ano na última pesquisa.

    CRESCIMENTO

    Sobre a expansão do PIB, a perspectiva foi reduzida a 0,20% neste ano, frente a 0,24% de crescimento previsto antes. Há um mês, a projeção era de crescimento de 0,28%. Depois de ficar estacionada algumas semanas em 1%, a estimativa para 2015 recuou para aumento de 0,80%.

    A produção industrial deste ano também foi revisada para baixo, de queda de 2,17% para recuo de 2,21%. A estimativa para 2015, contudo, teve ligeira melhora, de crescimento de 1,42% para 1,46%.

    Na semana passada, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) informou que a produção industrial de setembro caiu 0,2%, ante agosto, quando se esperava aumento de 0,2%. No trimestre entre julho e setembro, houve queda também de 0,2% ante o trimestre anterior, segundo o IBGE.

    Em relação à alta do IPCA, a projeção para este ano foi reduzida a 6,39% e, para 2015, subiu 0,08 ponto percentual, a 6,40%, aproximando-se mais do teto da meta do governo –de 4,5%, com margem de dois pontos percentuais para mais ou menos.

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