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    Conselho da Oi considera 'inaceitável' oferta pela Portugal Telecom

    DA REUTERS

    11/11/2014 08h20

    O conselho de administração da operadora de telecomunicações Oi disse na noite de segunda-feira (10) que a oferta pública de aquisição (OPA) da empresária angolana Isabel dos Santos pela Portugal Telecom era "inaceitável" por promover mudanças nos termos de sua fusão com a companhia portuguesa.

    O conselho afirmou ter decidido por unanimidade rechaçar quaisquer propostas para alteração dos termos da união com a Portugal Telecom SGPS, reforçando posição da diretoria da Oi divulgada mais cedo no mesmo dia de considerar "descabida" qualquer mudança nesse sentido.

    "A Oi considera inaceitáveis e confirma que não efetuará qualquer modificação nos atos societários, contratos definitivos e demais instrumentos firmados para atender qualquer das condições estipuladas na OPA", disse o comunicado.

    Filha do presidente de Angola, Isabel dos Santos é dona da Terra Peregrin, grupo registrado em Portugal que lançou no domingo uma oferta pública de ações sobre a totalidade do capital da Portugal Telecom, mediante a oferta de 1,35 euro por ação.

    Na segunda-feira, a ação da Portugal Telecom subiu rumo a esse patamar, fechando em alta de 11,83%, a 1,36 euro. Enquanto isso, as ações preferenciais da Oi no Brasil lideraram os ganhos do Ibovespa, o principal índice de ações da Bolsa brasileira, com alta de 6,67%, a R$ 1,28.

    Os únicos ativos detidos pela Portugal Telecom SGPS depois da fusão do grupo com a Oi neste ano são a participação de 25,7% na Oi e 900 milhões de euros (equivalentes a R$ 2,8 bilhões, segundo cotação de 10 de novembro) em dívida não paga pela holding Rioforte, empresa da família portuguesa Espírito Santo que entrou em colapso.

    A investida da Terra Peregrin busca fazer de Isabel dos Santos uma das principais acionistas na companhia combinada, dando-lhe voz sobre a estratégia da empresa, de acordo com uma pessoa próxima à empresária.

    A Oi tem dito que pode vender seus ativos portugueses para reduzir dívida, que encerrou o primeiro semestre em R$ 46 bilhões. A possibilidade ganhou força após uma oferta feita na semana passada pelo grupo europeu Altice, controlado pelo bilionário franco-israelense Patrick Drahi, de aquisição das operações portuguesas da Oi por 7 bilhões de euros (equivalentes a R$ 22,1 bilhões, segundo cotação de 10 de novembro).

    Entretanto, uma das condições da oferta da Terra Peregrin pela Portugal Telecom era de que a Oi não deveria vender esses ativos, que atualmente são conhecidos como PT Portugal.

    A companhia brasileira está envolvida em processo de consolidação no mercado doméstico de telecomunicações e tenta obter recursos para fazer uma oferta pela rival TIM.

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