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    black friday

    Black Friday joga todas as fichas na antecipação de vendas de Natal

    FELIPE MAIA
    EDITOR-ADJUNTO DE "CARREIRAS"

    15/11/2014 02h00

    A combinação entre a situação econômica fraca, o pagamento da primeira parcela do 13 º salário e a concessão de ofertas em produtos deve fazer com que a Black Friday se torne um Natal antecipado para as lojas virtuais. A expectativa é que seja a última oportunidade do ano para faturar fortemente.

    No evento, marcado para o próximo dia 28 e que acontece no Brasil desde 2010, lojas virtuais oferecem itens com desconto. Apesar de muita gente usar a data para antecipar as compras de fim de ano, ainda costumava haver um novo pico de vendas até o dia 15 de dezembro, a tempo de os presentes serem entregues. Mas isso vem mudando desde o ano passado.

    Na Black Friday 2013, o e-commerce do país faturou R$ 770 milhões em apenas um dia, o que representa 19% das vendas de toda a temporada natalina, entre 15 de novembro e 24 de dezembro, na medição da consultoria E-bit.

    Mas, em dezembro, as vendas caíram 18% na comparação com o mesmo mês de 2012, chegando a R$ 2,4 bilhões, algo bastante atípico para um mercado acostumado a crescer a taxas de mais de 20% na comparação anual. "Em 2013, as pessoas compraram no Black Friday e acabou o Natal", diz Pedro Guasti, diretor-geral da Ebit.

    O fenômeno não é exclusivo do comércio virtual. Uma pesquisa da consultoria Deloitte com mil pessoas feita pela internet indicou que 43% dos entrevistados pretendiam fazer as compras de Natal em novembro -em 2013, esse índice foi de 26%.

    Um motivo é a situação econômica, que deve fazer os consumidores serem mais cautelosos nas compras.

    "Como vamos ter um Natal com mais precaução, qualquer valor menor pelo mesmo produto estimula a compra", diz Reynaldo Saad, sócio da Deloitte.

    Os respondentes do levantamento disseram que pretendem gastar o total de R$ 395 nessas compras, menos que os R$ 398,45 de 2013.

    Outra explicação é a maior confiança, ao menos no papel, em relação dos reais descontos oferecidos na Black Friday, que deve movimentar R$ 1,2 bilhão em um dia. Nos primeiros anos eram comuns aparecerem descontos de "metade do dobro", com lojas elevando preços para depois baixá-los.

    No ano passado, a Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico criou um código de ética para coibir a prática. Segundo Pedro Eugênio, idealizador do evento, isso fez com que as reclamações caíssem 70%. Para essa edição, as lojas que aderirem às normas vão receber um selo.

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