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    Imóvel é o sonho que exige maior esforço

    DANIELLE BRANT
    DE SÃO PAULO

    17/11/2014 02h00

    Comprar a casa própria é, dos objetivos financeiros, o que exige maior esforço e por um prazo muito mais alongado do que os demais.

    Em geral, a entrada de um imóvel gira em torno de 20% do valor do bem. Quanto maior a entrada, melhor para o comprador, pois o valor a ser financiado é menor.

    Com menos prestações, pagam-se menos juros. Para um imóvel de R$ 400 mil, a entrada seria de R$ 80 mil. Para alcançar esse valor em cinco anos, seria preciso guardar R$ 1.200 por mês.

    Uma estratégia é morar de aluguel durante o período, em vez de dar uma entrada menor no imóvel. "Se o interessado tiver capacidade de pagar R$ 2.400 (ou o dobro do valor a ser guardado mensalmente) numa parcela, pode encontrar um imóvel de R$ 1.200 e poupar o restante. Com isso, vai acumulando reserva maior em uma aplicação", diz o planejador financeiro Valdir Carlos da Silva Jr.

    Adriano Vizoni - 29.mar.2014/Folhapress
    Estande de vendas de imóvel no centro de São Paulo
    Estande de vendas de imóvel no centro de São Paulo

    No entanto, no caso de algum contratempo, ele pode ficar sem lugar para morar.

    Caso o futuro comprador more com os pais, a situação melhora consideravelmente, complementa. Ele pode poupar o dinheiro integralmente e reduzir o tempo que levará para dar entrada no imóvel.

    Na renda fixa, as formas de aplicar esse dinheiro vão desde a poupança até LCIs (Letras de Crédito Imobiliário) e CDBs. Pelo prazo, é possível obter boas taxas e pagar IR menor, no caso dos CDBs.

    Os preços de imóveis são reajustados por um índice inflacionário. Por isso, para proteger o valor, deve-se escolher uma aplicação que acompanhe a inflação.

    É o caso de títulos do Tesouro Direto como NTN-B (Notas do Tesouro Nacional - Série B), que têm uma parte de sua remuneração prefixada e outra atrelada à inflação.

    Outra forma de proteção é comprar cotas de fundos imobiliários, que são negociadas em Bolsa e, pelo prazo longo, de cinco anos, podem oferecer bom retorno ao investidor, afirma Michael Viriato, professor de finanças do Insper.

    "Se houver valorização de imóveis no período, ele vai aproveitar o ganho. Além disso, há os rendimentos pagos pelos fundos imobiliários, que são isentos de IR", afirma. Vale lembrar que, ao vender as cotas dos fundos, o investidor terá que pagar IR se houver ganho de capital.

    Mas, para José Eduardo Balian, professor de finanças da Faculdade de Administração da Faap (Fundação Armando Alvares Penteado), o mais recomendado é que o investidor mantenha seu dinheiro na renda fixa. "A finalidade não é ganhar dinheiro, é alcançar os objetivos. Ele pode arriscar e dar errado. Na renda fixa é mais seguro", avalia.

    Folhainvest

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