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    Petrobras reduz meta de aumento de produção para o ano

    LUCAS VETTORAZZO
    SAMANTHA LIMA
    DO RIO

    17/11/2014 14h41

    A Petrobras reduziu a previsão de aumento de produção para o ano para 5,5% a 6%, informou na manhã desta segunda-feira (17), o diretor de Exploração e Produção da estatal, José Miranda Formigli. Anteriormente, o crescimento da produção estava estimado para 7,5% ao ano, com uma margem de um ponto percentual para cima ou para baixo.

    Segundo o diretor, houve uma entrada mais lenta da produção de poços novos, por conta de dificuldades da chamada interligação, que é o equipamento que leva o óleo retirado do reservatório à plataforma de produção.

    Houve atrasos ainda na entrega de plataformas e a necessidade de obras à bordo nessas unidade. Também foi citada a necessidade de maior injeção de água para recuperar óleo do fundo dos reservatórios com poços antigos.

    As explicações foram dadas por Formigli tanto na teleconferência com analistas para detalhar os resultados operacionais do terceiro trimestre quanto na coletiva de imprensa que se seguiu.

    PRODUÇÃO

    Nos nove primeiros meses deste ano, a Petrobras produziu em média 1.995 barris médios por dia de petróleo e gás natural. A média do terceiro trimestre foi de 2.090 barris médios por dia, volume que representa aumento de 6% em relação ao segundo trimestre e de 8,6% frente ao terceiro trimestre no de 2013.

    Segundo a empresa, o crescimento da produção, ainda que abaixo da meta, teve impacto de um melhor desempenho dos reservatórios do pré-sal, replanejamento das paradas e melhorias da eficiência operacional.

    DIRETORIA E LICENÇA

    Na teleconferência de apresentação de resultados operacionais do terceiro trimestre, a presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, disse que a estatal estuda criar uma nova diretoria, para assegurar o "cumprimento de leis e regulamentos internos e externos".

    O estudo para a criação da nova diretoria foi aprovado na sexta-feira (14), em reunião do conselho de administração da companhia. Além disso, a presidente da companhia afirmou que a licença de operação de uma unidade da refinaria Abreu e Lima, também conhecida como Renest, em construção em Ipojuca, Pernambuco, deve sair ainda nesta segunda-feira (17).

    A chamada unidade de Destilação Atmosférica é o que falta para a Petrobras cumprir o prazo de colocar a refinaria Abreu e Lima em operação em novembro. Inicialmente, o prazo para a entrada em operação era 4 de novembro.

    BALANÇO

    Os anúncios ocorrem após a Petrobras adiar a divulgação do balanço do terceiro trimestre, na semana passada.

    A estatal deveria ter publicada todas as informações até a última sexta-feira (14), como determina a CVM (Comissão de Valores Mobiliários), mas adiou porque a auditoria responsável por assinar suas demonstrações, a PwC, recusou-se a fazê-lo, devido a denúncias de corrupção na estatal.

    A PwC está à espera de informações que permitam avaliar o impacto das denúncias no patrimônio da empresa.

    Desde março deste ano, a Petrobras é alvo da Operação Lavo Jato, da Polícia Federal, que investiga o esquema de lavagem e desvios de dinheiro em contratos assinados com empreiteiras, que somam R$ 59 bilhões, considerando o período de 2003 a 2014. Até agora, 23 executivos, entre eles presidentes de empreiteiras e o ex-diretor da Petrobras Renato Duque, foram presos.

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