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    Bolsa dispara mais de 4% com equipe econômica no radar; dólar cai a R$ 2,51

    DE SÃO PAULO

    21/11/2014 16h37

    O principal índice da Bolsa brasileira dispara mais de 4% nesta tarde de sexta-feira (21), enquanto o dólar voltou a casa de R$ 2,51, com investidores à espera do anúncio oficial pela presidente Dilma Rousseff (PT) da nova equipe econômica do governo.

    Reportagem da Folha antecipou que, ainda nesta sexta, a presidente Dilma vai anunciar Joaquim Levy como novo ministro da Fazenda e Nelson Barbosa como titular do Planejamento. Ambos já integraram a equipe econômica no primeiro governo. Levy foi secretário do Tesouro e Barbosa e ex-secretário-executivo da Fazenda.

    Às 16h35 (de Brasília), o Ibovespa tinha valorização de 4,84%, para 55.989 pontos. O volume financeiro estava em torno de R$ 8,571 bilhões. No mesmo horário, o dólar à vista, referência no mercado financeiro, caia 2,08% sobre o real, para R$ 2,519 na venda. Já o dólar comercial, usado no comércio exterior, cedia 1,21%, para R$ 2,514.

    Das 70 ações que compõem o Ibovespa, apenas seis tinham queda: Embraer (-3,51%), TIM (-2,86%), Suzano (-2,63%), Cielo (-2,25%), Fibria (-2,07%) e BRF (-0,5%).

    Do outro lado, as ações de estatais se destacavam entre os maiores ganhos do índice. Os papéis preferenciais (sem direito a voto) da Petrobras avançavam 9,85%, a R$ 14,04 cada um, enquanto os ordinários (com direito a voto) tinham valorização de 9,70%, para R$ 13,45.

    "Com um time desse, vão acabar as margens de especulação de que quem manda na política econômica é a Dilma. São pessoas respeitadas pelo mercado. É um recado claro de que as coisas vão mudar nos próximos quatro anos de governo. Eles têm uma política mais ortodoxa. Levy fez um trabalho importante no Tesouro durante governo Lula", diz João Pedro Brügger, analista da Leme Investimentos.

    Para Brügger, Levy é um nome que está na frente de Barbosa em preferência do mercado para comandar a Fazenda, depois do nome do ex-presidente do BC Henrique Meirelles. "O discurso dele é que tem que focar no controle fiscal. Já Trabuco [presidente do Bradesco que recusou assumir o cargo] poderia ceder um pouco mais às possíveis vontades da presidente. Ele é mais político", afirma. "Barbosa tem um viés mais desenvolvimentista, por isso é bom estar no Planejamento."

    A avaliação é que o mercado financeiro vai receber positivamente a nova equipe econômica, caso se confirmem os nomes citados, mas que o desempenho da Bolsa e do câmbio no médio prazo vai depender das ações que serão tomadas quando os cargos forem assumidos e os resultados dessas medidas. "O próprio PT [partido da presidente Dilma] está preocupado com 2018 e sabe que tem que fazer o dever de casa para não perder as próximas eleições", completa Brügger.

    Folhainvest

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