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    o brasil que dá certo - educação

    Instituições educacionais ampliam cardápio de cursos

    ÉRICA FRAGA
    JOANA CUNHA
    DE SÃO PAULO

    24/11/2014 02h00

    As rápidas mudanças do mercado de trabalho, com a adoção de novas tecnologias e a maior especialização das profissões, têm levado alguns grupos de ensino superior privados a tentar inovar nos cursos oferecidos.

    O Insper, centro de educação privada e pesquisa que oferece cursos de administração e economia, contará com três cursos de engenharia a partir de 2015: mecânica, mecatrônica e de computação.

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    A profissão é antiga, mas o conceito do curso é novo. A ideia é formar engenheiros capazes de inovar, empreender e trabalhar bem em equipe. São habilidades raras entre engenheiros brasileiros. A carência foi apontada em estudo da CNI (Confederação Nacional da Indústria).

    "Essa foi a inspiração para criarmos uma escola do zero", diz Irineu Gianesi, diretor dos cursos de engenharia da instituição. A inspiração para o formato dos cursos veio do Olin College, uma escola de engenharia inovadora nos EUA.

    O currículo do Insper tentará combinar teoria e prática desde o início dos cursos, com foco em desenvolvimento de projetos. No primeiro semestre, os alunos construirão, por exemplo, uma estação meteorológica.
    O grupo Laureate também tem investido em inovação no seu cardápio de cursos.

    "O mercado de trabalho exige mais especificidade. Detectamos as tendências e procuramos inovar", diz Oscar Hipólito, diretor acadêmico do Laureate.

    Ao longo da última década, o grupo -que é dono da Anhembi Morumbi- criou cursos de Naturologia, Design de Games, Podologia e Visagismo (conjunto de técnicas para harmonizar elementos no rosto de uma pessoa como traços, óculos, corte de cabelo etc).

    O grupo também tem investido em alta tecnologia aplicada ao ensino. Nos cursos de saúde, bonecos substituem pacientes e cadáveres.

    Segundo Hipólito, é uma forma de fazer com que o aluno chegue à prática mais seguro. A tecnologia permite elevar o número de alunos atendidos. "Você consegue ensinar mais alunos em tempo menor", diz. Outro exemplo é a Fiap, que fez parceria com a Singularity University, instituição sediada na Nasa, a agência aeroespacial americana.

    "Estudamos tecnologias que serão disruptoras daqui a 30 anos para ver a interdisciplinaridade. Como um drone pode ajudar em transporte ou como a impressora 3D pode entrar na saúde?", diz Nathalie Trutmann, diretora de inovação da Fiap, cujos laboratórios permitem aos alunos usar as tecnologias para transformar seus trabalhos de conclusão em start-ups.

    A Estácio criou uma diretoria de inovação em 2013 e fomenta start-ups de alunos.

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