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    Preço médio da energia subiu 16,4% no Brasil em 2014

    JULIA BORBA
    DE BRASÍLIA

    25/11/2014 17h27

    O preço da energia para o consumidor residencial no Brasil subiu, em média, 16,4% em 2014.

    Nesta terça-feira (25) a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) concluiu a revisão sobre as tarifas praticadas por 63 das 64 distribuidoras que atuam no país.

    A única elétrica ainda não submetida à revisão é a Sulgipe, que atende cerca de 135,2 mil unidades consumidoras (residências, escritórios e indústrias) no sul de Sergipe. A previsão é de que essa empresa passe pelo processo de ajuste em meados de dezembro.

    A CEEE, do Rio Grande do Sul, e a CEA, do Amapá, também ainda não foram autorizadas a reajustar suas tarifas por estarem inadimplentes.

    O cálculo da Folha para chegar ao aumento médio do preço das tarifas no país não leva em consideração a quantidade de consumidores atendidos por cada uma das empresas. Dando pesos iguais a cada uma delas.

    Ao considerar apenas as cinco companhias com maior número de consumidores do país –Cemig (MG), Eletropaulo (SP), Coelba (BA), Copel (PR) e Light (RJ)– o aumento médio da energia no ano ficou maior: quase 18%.

    Juntas, essas empresas atendem cerca de 27,6 milhões de unidades consumidoras, em um universo de 75,8 milhões unidades brasileiras declaradas pelas empresas à Aneel.

    FUTURO

    Este ano, apesar da forte seca ter prejudicado o reabastecimento dos reservatórios das usinas hidrelétricas e do uso intenso das usinas térmicas (mais caras), o consumidor ainda não foi impactado pelo aumento real dos preços.

    Sem condições de fazer frente às dívidas bilionárias, as empresas de distribuição tomaram empréstimos bancários de R$ 17,8 bilhões para custear a compra de energia e uso de térmicas.

    Esse valor será repassado integralmente ao consumidor, durante dois anos, a partir do ano que vem.

    Outro possível impacto sobre as tarifas do ano que vem corresponde aos gastos com térmicas e compra de energia das distribuidoras feito em 2013, cerca de R$ 10 bilhões.

    Outros custos do setor, como pagamento de indenizações à empresas que renovaram as concessões, por exemplo, também devem impactar os preços ao consumidor, mas o governo ainda não divulgou qual a parcela que irá para as contas de luz ou o prazo definido para esses pagamentos.

    No ano que vem, todas as residências do país terão suas tarifas alteradas também pelas "Bandeiras Tarifárias". Esse sistema repassa mensalmente custos maiores para o consumidor, dependendo da situação de abastecimento do sistema.

    EMPRESAS UF AUMENTO (%)
    CPFL JAGUARI SP 14,21
    CPFL MOCOCA SP -7,65
    CPFL SANTA CRUZ SP 30,64
    CPFL LESTE PAULISTA SP -3,35
    CPFL SUL PAULISTA SP 0,33
    EBO PB 6,70
    AMPLA RJ -0,74
    CEMAT MT 11,16
    CEMIG-D MG 11,16
    CPFL-Paulista SP 16,46
    ENERSUL MS 9,40
    AES-SUL RS 28,86
    UHENPAL TO 22,00
    COELBA BA 14,82
    COELCE CE 16,55
    COSERN RN 11,01
    ESE SE 11,83
    CELPE PE 17,51
    CAIUÁ-D SP 5,93
    CNEE SP 11,68
    EDEVP SP - 4,99
    EEB SP 0,56
    EMG MG 5,8
    ENF RJ 13,66
    RGE RS 23,08
    COCEL PR 23,95
    COPEL-DIS PR 23,88
    CFLO PR 27,3
    DEMEI RS 10,29
    ELETROCAR RS 19,25
    HIDROPAN RS 19,15
    MUX-ENERGIA RS 20,95
    CELTINS TO 10,75
    ELETROPAULO SP 17,93
    JARI PA 5,75
    CELESC-DIS SC 22,47
    CELPA PA 34,41
    ESCELSA ES 22,74
    IENERGIA SC 5,67
    EFLJC SC 28,38
    EFLUL SC 24,75
    COOPERALIANÇA SC 28
    ELFSM ES 28,72
    FORCEL PR 27,08
    ELEKTRO SP 35,77
    CEB DF 18,08
    CEPISA PI 24,7
    CEAL AL 29,75
    CEMAR MA 22,25
    EPB PB 20,83
    CELG-D GO 19,37
    CHESP GO 23,82
    BANDEIRANTE SP 20,62
    CPFL- PIRATININGA SP 21
    CEEE-D RS SUSPENSA
    DMDE MG 10,56
    BOA VISTA RR 17,04
    AME AM 15,57
    CERR RR 54,06
    LIGHT RJ 17,75
    CEA AP SUSPENSA
    CERON RO -3,58%
    ELETROACRE AC -16,87%

    Fonte: Aneel

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