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    Em novo dia de volatilidade, Bolsa encerra com leve alta; dólar recua

    DE SÃO PAULO

    25/11/2014 18h21

    Em mais um dia marcado pela volatilidade, a Bolsa brasileira fechou o pregão desta terça-feira com leve alta, na expectativa da confirmação da nova equipe econômica. O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, teve alta de 0,28%, para 55.560 pontos.

    O dólar à vista, referência no mercado financeiro, terminou o dia com recuo de 0,27%, valendo R$ 2,5408. O comercial, usado em transações no comércio exterior, caiu 0,47%, para R$ 2,537.

    Segundo analistas, a expectativa pela confirmação da nova equipe econômica deixa o mercado com essa alta volatilidade e também foi o principal fator de influência no câmbio hoje. Além disso, houve o rebalanceamento do índice MSCI para o Brasil, que movimentou os negócios, e o anúncio de novas regras para o setor elétrico, com corte do preço máximo de energia de curto prazo pela Aneel, que influenciou em baixa na maioria das ações do setor.

    A oscilação ao longo do dia foi bem maior: chegou a 56.386 pontos na máxima do dia e a 55.204 no piso. O volume se acelerou no final e alcançou R$ 7,3 bilhões, acima da média diária de R$ 7 bilhões registrada até então no mês de novembro. Das ações do Ibovespa, 27 terminaram o dia em alta, 41 em baixa e duas em estabilidade.

    Quando o mercado subia mais de 1% por volta das 12h30, Pedro Galdi, analista-chefe da SLW Corretora, disse que não arriscaria prever que a alta fosse perdurar até o final do dia. "Ontem (segunda) também o dia começou com euforia e terminou no negativo", lembrou.

    Segundo William Araújo, executivo da equipe de análises da UM Investimentos, poucos fatores influíram no índice hoje e o político foi de fato o de maior relevância

    Pedro Paulo Silveira, economista-chefe da TOV Corretora, atribuiu o otimismo com Petrobras no início do dia -a ação chegou a subir mais de 4%– à recomendação de compra do papel feita pelo Citibank.

    Para ele, o baixo volume observado nos últimos dois dias na Bolsa colabora para uma maior volatilidade e decorre da falta de fatos novos aliada ao baixo volume negociado. Até perto do fechamento, as negociações somavam R$ 5,5 bilhões.

    AÇÕES

    Depois de terem subido mais de 4%, as ações da Petrobras recuaram e fecharam o dia em baixa, o que influenciou para que o Ibovespa arrefecesse a alta.

    Os papéis preferenciais, mais negociados, recuaram 0,42%, para R$ 14,15. As ações ordinárias, com direito a voto, caíram ainda mais: 1,12%, para R$ 13,28.

    O que ajudou a segurar o índice no azul foram as ações do setor bancário, tanto Itaú (+1,28%, para R$ 39,65) quanto Bradesco (+1,44%, para R$ 40,92).

    CÂMBIO

    Para Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da Treviso Corretora, enquanto a nova equipe econômica não der sinais de como vai ser a nova política monetária, o mercado de câmbio vai ficar volátil também.

    "Quando ele sente que a coisa vai ser ruim, joga a cotação para R$ 2,60. Por outro lado, quando os dados econômicos ajudam, ela vai se aproximando mais de R$ 2,50", descreve ele.

    Mas, para Galhardo, o mercado está resistente em operar abaixo da cotação de R$ 2,50 por dólar. "Seria muito otimismo por enquanto", avalia.

    O Banco Central do Brasil deu continuidade ao seu programa de intervenções diárias no câmbio, por meio do leilão de 4.000 contratos de swap cambial (operação que equivale a uma venda futura de dólares), pelo total de US$ 197,4 milhões.

    A autoridade monetária também rolou o vencimento de 14 mil contratos de swap que venciam dia 1º de dezembro, numa operação que totalizou US$ 683 milhões.

    Folhainvest

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