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    Com posse de ministros adiada, governo posterga medidas econômicas

    NATUZA NERY
    ANDRÉIA SADI
    DE BRASÍLIA

    26/11/2014 17h02

    O adiamento da posse dos futuros ministros da área econômica também suspendeu o anúncio de novas medidas econômicas previstas para serem apresentadas na quinta-feira.

    Segundo a Folha apurou, a nova equipe econômica não teve tempo de analisar com profundidade o teor de todas as propostas, por isso o cancelamento da posse esperada para ocorrer já na sexta-feira.

    Algumas das ações foram consideradas "insuficientes" por auxiliares presidenciais para, de um lado, promover a redução do gasto público e, de outro, ajudar a impulsionar o tímido crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) no ano que vem.

    Fabio Braga/Adriano Vizoni/Folhapress
    Joaquim Levy e Nelson Barbosa vão assumir a Fazenda e o Planejamento, respectivamente
    Joaquim Levy e Nelson Barbosa vão assumir a Fazenda e o Planejamento, respectivamente

    EQUIPE ECONÔMICA

    O futuro time de Dilma Rousseff é composto por Joaquim Levy (Fazenda); Nelson Barbosa (Planejamento) e Alexandre Tombini, que permanece no Banco Central.

    Conforme funcionários do governo, algumas das ações requerem o envio de projetos para o Congresso e, por essa razão, exigem cuidado e tempo para acertar qual o melhor instrumento, se projeto de lei ou medida provisória.

    Ao adiar a posse do novo time econômico por dificuldades de tirar as medidas do forno, a presidente da República inovou: terá, no curto prazo, comando duplo na Fazenda e no Planejamento.

    MEDIDAS

    Na terça-feira (25), um pacote de medidas para reequilibrar as contas públicas, fechado por Guido Mantega, foi entregue à presidente Dilma Rousseff. Entre elas está a volta da cobrança da Cide (contribuição para regular o preço dos combustíveis).

    Segundo a Folha apurou, a decisão final será tomada em reunião da presidente com a nova equipe econômica. Nesta terça, ela recebeu no Planalto o futuro ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e o novo ministro do Planejamento, Nelson Barbosa.

    Na reunião, da qual participaram Alexandre Tombini –que será mantido no cargo como presidente do BC– e Aloizio Mercadante (Casa Civil), foram discutidas as novas medidas e a futura equipe econômica.

    AJUSTES

    Reportagem da Folha publicada no sábado (22) informou que a presidente Dilma Rousseff havia encarregado sua nova equipe econômica de divulgar, no dia em que fosse anunciada oficialmente, um conjunto de medidas para garantir "a sustentabilidade fiscal" do governo e atrair investimentos para retomar o crescimento da economia.

    Um assessor presidencial disse à Folha que os novos ministros deveriam propor ajustes de efeito imediato e ações de médio e longo prazos para garantir "confiança e sustentabilidade" ao país.

    A ideia, na área fiscal, é fazer um ajuste "gradual e consistente" das contas públicas nos próximos anos, buscando ao mesmo tempo retomar a política de economia de gastos para pagar a dívida pública (superavit primário) e evitar um cenário de recessão econômica no país.

    Folhainvest

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