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    Fundo de renda variável exige investimento de longo prazo

    DE SÃO PAULO

    27/11/2014 02h00

    Os fundos de renda variável têm no mínimo 67% de sua carteira em ações negociadas à vista na Bolsa. Dessa forma, esses fundos estão sujeitos às oscilações de preços das ações e são considerados um investimento de risco alto.

    Alguns fundos dessa categoria têm como objetivo acompanhar a variação de um índice do mercado acionário, como o Ibovespa (principal índice da BM&FBovespa, a Bolsa brasileira) ou o IBX (Índice Brasil, que reúne as 100 ações mais negociadas na Bolsa do país).

    Como envolve riscos mais elevados, é indicado para o investidor que quer se arriscar mais e já tem algum conhecimento de mercado. Além disso, é um investimento que deve ser feito a longo prazo, pois assim haverá tempo para que eventuais perdas com as oscilações dos preços das ações da Bolsa sejam recompostas.

    A vantagem do fundo é delegar ao administrador o papel de avaliar o mercado e fazer os investimentos. Há milhares de fundos no Brasil e cada um tem uma política própria, a que o aplicador deve ter acesso antes de optar por determinado produto.

    O ideal é observar a performance obtida pela operadora no mínimo nos últimos 12 meses para analisar o perfil do fundo, ainda que o bom desempenho anterior não garanta resultados positivos no futuro.

    Os fundos cobram taxas e esse custo pode comprometer os rendimentos. A taxa de administração é cobrada anualmente sobre o valor total aplicado, incluindo o rendimento, e normalmente gira entre 0,5% e 3% ao ano: quanto mais dinheiro disponível para investir, menor a taxa. Há também taxa de performance, paga quando a expectativa de rendimento é superada, dependendo do regulamento do fundo.

    Outro fator que faz diferença no ganho final é o Imposto de Renda. Sobre o rendimento do fundo descontadas as taxas, há ainda desconto de 15% de IR.

    Como envolve riscos, o investidor não deve colocar todos os seus recursos em um único fundo variável, recomenda Luiz Carlos Lemos Júnior, professor de Finanças da Universidade Presbiteriana Mackenzie Campinas.

    "Como diz a máxima do mercado: não se deve colocar todos os ovos na mesma cesta. O investidor precisa distribuir os recursos entre a renda variável e a renda fixa, que oferece menos riscos, e sempre pensar a longo prazo", diz.

    Folhainvest

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