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    Gastos sociais terão de respeitar limites de receitas do governo

    DE BRASÍLIA

    27/11/2014 17h29

    Os representantes da nova equipe econômica afirmaram nesta quinta-feira (27) que é necessário reequilibrar a economia para garantir a continuidade de avanços sociais. Os gastos nessa área, no entanto, terão de ficar dentro dos limites orçamentários.

    Nesta quinta, o Palácio do Planalto confirmou os nomes dos novos titulares da área econômica do governo.

    Nelson Barbosa assumirá a pasta do Planejamento, como antecipou Vera Magalhães, editora do 'Painel' Joaquim Levy vai comandar o Ministério da Fazenda. Eles ocuparão os cargos de Guido Mantega e Miriam Belchior, respectivamente e o engenheiro naval.

    Em nota, a Secretaria de Comunicação da Presidência informou que Alexandre Tombini foi convidado a permanecer na presidência do Banco Central.

    Nelson Barbosa afirmou que a continuidade do processo de inclusão social depende da estabilidade fiscal e da inflação. Para ele, não há contradição entre o compromisso da nova equipe econômica com a melhora nesses indicadores econômicos e a manutenção de políticas sociais.

    "As duas coisas não são contraditórias. É compatível a manutenção dessas políticas com o ajuste nos gastos", afirmou.

    Barbosa disse, entretanto, que os programas sociais terão de se ajustar ao cenário macroeconômico dos próximos anos.

    Joaquim Levy também afirmou que o objetivo de reequilibrar a economia é garantir a continuidade de avanços sociais, para que as pessoas tenham um melhor padrão de vida.

    Disse, no entanto, que esses gastos serão feitos, agora, dentro do limite de recursos do governo, o que exigirá que sejam feitas "escolhas".

    "Se a gente não tiver crescimento, é mais difícil ter recursos para qualquer política pública", afirmou Levy.

    "AGONIA"

    Levy chegou para sua primeira entrevista como membro do governo reeleito, no Palácio do Planalto, à frente da nova equipe, seguido por Barbosa e Tombini, que caminharam lado a lado. O primeiro, à direta. O segundo, à esquerda.

    O futuro ministro não quis adiantar outros nomes da nova equipe nem medidas econômicas e disse que o período de transição para assumir o cargo servirá para isso. "A gente não está aqui em nenhuma agonia. Estamos tranquilos. Essa é a maneira boa de lidar com os desafios do novo governo, que começa em 1º de janeiro, né?"

    Levy afirmou ainda que o governo vai entregar aquilo que está prometendo, o aumento do superavit nas contas públicas nos próximos anos.

    "A gente vai ter de avaliar as receitas de acordo com o momento e tomar providências cabíveis para alcançar a meta que propusemos. E nossa responsabilidade é cumpri-la", afirmou.

    Disse ainda que a equipe agirá "sem precipitações, com serenidade, se necessário, com a firmeza que possa ser exigida".

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