Depois da oficialização da nova equipe econômica, o senador Armando Monteiro (PTB-PE) será o quarto ministro do segundo mandato a ser anunciado oficialmente na próxima segunda-feira (1). Ele vai ocupar o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
A indicação de Monteiro conta com o apoio da indústria e é uma busca da presidente Dilma Rousseff de aproximar seu governo do empresariado, que fez críticas ao estilo intervencionista da petista durante o primeiro mandato.
Dentro da mesma lógica, Dilma convidou a senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) para ocupar o Ministério da Agricultura. A presidente deseja melhorar o relacionamento com o agronegócio.
Armando Monteiro, que foi presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria) entre 2002 e 2010 e candidato derrotado ao governo do Estado de Pernambuco, deve fazer um breve pronunciamento e conceder uma entrevista coletiva após o anúncio.
Alan Marques - 17.nov.10/Folhapress | ||
Senador Armando Monteiro ocupará o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior |
Integrantes do governo creem que a presidente Dilma pode confirmar os nomes de outros ministros de seu segundo mandato na mesma data.
O senador foi recebido por Dilma no Palácio da Alvorada no último dia 21. A presidente acertou a indicação de Monteiro para o cargo naquele encontro, conforme noticiou a Folha.
A confirmação de Monteiro em um evento separado do anúncio da equipe econômica do governo foi negociada com o Palácio do Planalto.
Aliados temiam que, se fosse apresentado ao lado dos demais ministros, o novo ministro do Desenvolvimento seria "ofuscado".
EQUIPE ECONÔMICA
Na quinta-feira (27), o Palácio do Planalto confirmou os nomes dos novos titulares da área econômica do governo.
O engenheiro naval Joaquim Levy vai comandar o Ministério da Fazenda e Nelson Barbosa assumirá a pasta do Planejamento, como antecipou Vera Magalhães, editora do 'Painel'. Eles ocuparão os cargos de Guido Mantega e Miriam Belchior, respectivamente.
Levy e Barbosa, no entanto, não tomarão posse de imediato : eles irão compor equipe de transição e vão despachar no Palácio do Planalto, próximos à presidente Dilma Rousseff.
O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, foi convidado a permanecer no cargo.